Saber (des)contar
Dar o devido desconto ou O referendo como arma para todos os gostos...
Fazemos então as contas ao dito referendo às praxes na UTAD:
População estudantil da UTAD: ~ 6000 alunos
Votantes: 1667 (28%)
Resultados do referendo: 90% sim. Mas será assim?
Ora, ponderando: 0,90x0,28 = 0,25 . Ou seja, apenas 25% de aprovação. E não os proclamados 90% . Isto ainda a fazer fé na validade das mesas de voto onde estariam, supomos, apenas militantes da dita causa. Não ficaria mal aos jornalistas da Lusa perguntarem como ou quem validou os resultados. E se soubessem fazer contas a notícia nunca teria como título o que não é verdade, "Maioria dos estudantes da UTAD a favor da praxe")
Enfim,
1- O referendo é ridículo para muitas questões e em muitas circunstâncias, e esta é seguramente uma delas.
2- Os referendos têm legitimidade quando a participação atinge os 50%, o que não aconteceu aqui, nem de longe nem de perto. Apenas votaram 28% dos alunos.
3- A serem válidas as mesas de voto (não temos razão para tal), apenas 25%, e não 90%, terão votado sim.
3- Há duas formas de se ser notícia: boa ou má.
Aqui, estes não escolheram uma nem outra. Optaram pelo ridículo...
Resultado do referendo interno | ||
Maioria dos alunos da UTAD a favor da praxe | ||
Cerca de noventa por cento dos 1.667 alunos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que votaram no referendo interno que decorreu hoje, estão a favor da praxe nos moldes como ela se faz actualmente. | ||
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