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Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Comentários à praxe (I)

24.05.08

 Leitores da edição digital do Público comentam a notícia "Tribunal condena praxes"

  

  24.05.2008 - 01h40 - Pedro, Fátima, Portugal

Sr. Pedro Fernandes, Cambridge, UK: como é a praxe por esses lados? È que eu tanto na London School of Economics, aí no Reino Unido, em Londres, como em Reggio Calabria, Itália, não dei por praxe NENHUMA... Ou eufemísticos, rituais de iniciação e integração! Isto deve ser uma invenção muito portuguesa, género Fado e Futebol! Embora eu que estudei em Aveiro e em Coimbra, nas respectivas universidades, e sou natural de uma cidade universitária, só muito raramente conhecí pessoas interessantes e equilibradas a arvorarem-se em Doutores praxantes! Para mim, tudo isso, além de sinal - mais um - do atraso educacional e cívico do nosso tristíssimo País, é sobretudo a via de expressão de gente recalcada e diminuída, que descobre nessas ocasiões a oportunidade de se "afirmar" diante de outrém ! E superar, pois claro, a sua condição; descobre-se então com um Poder deleitante: o de se sobrepôr pela força a alguém! (já agora, e em jeito de desabafo; esta palhaçada das praxes não constituirá crime público? A Polícia não tem o poder de intervir diante de ofensas tão graves ? É conferir com o que se passou este ano em Coimbra, ou Porto, salvo erro, numa perseguição que culminou numa garagem...)

 

  24.05.2008 - 01h33 - Anónimo, Algures

Investiguem o que se passou no início dos anos 90 na Escola Naval.... (fica a dica, porque as marcas ainda cá estão......)

 

  24.05.2008 - 01h11 - Tuga, Berlenga

A brandura da sentença é chocante. Mas esperemos que isto seja um forte impulso para pôr termo a tanta ordinarice. Em que o pior de tudo é a coloboração implicita, e ás vezes explicita, das direcções das escolas.

 

  24.05.2008 - 01h07 - Anónimo, Lisboa

A praxe é estupidez pura e dura e imbecil não tem qualquer tipo de justificação e não é á custa dela que se conhecem amigos coisa nenhuma, isso é tuda uma treeetaaaaaa. Quem me praxou nem eu me lembro de quem foi..e sinceramente tabém não quero saber. Fiz amigos independetemente de haver praxe ou deixar de haver. Não serve para nada nada..e quem a quiser fazer e quem se quiser sujeitar a isso(há sempre gente para tudo)que se criem espaços fechado parae sse fim, tal como há bares sado maso ou casas de alterne..quem quiser que vá para lá fazer as "chavasquices que quiser",e não imponha essa idiotice a ninguem! ABAIXO A PRAXE e á "imbecialização" do ensino SUPERIOR em Portugal.

 

  24.05.2008 - 00h56 - Spitzer, Laranjeiro

No mínimo, gente desta deveria ser expulsa da escola. Há padrões que quem quer ser doutor deveria ser obrigado a respeitar. O simples facto dos orgãos administrativos da escola não assumirem as suas responsabilidades neste domínio é um indício de que não dão garantias do carácter dos animais a quem atribuem diplomas. Há muita falta de nível em Portugal.

 

  24.05.2008 - 00h51 - Diogo, porto

Saúdo a coragem da Ana Francisco Santos e aplaudo a sentença deste tribunal. Gostaria que ela se transformasse de verdade numa sentença pedagógica para este flagelo que são estas praxes. Cada vez mais o meio estudantil é caracterizado por bandos de imbecis, armados em algo que talvez nunca venham a ser, ou seja "doutores", e que se se conseguírem formar sintam-se felizes se encontrarem emprego como varredores da câmara. Mas dizia eu, este bando de imbecis que combatem os seus traumas, as suas frustrações e, fundamentalmente, as suas profundas faltas de carácter com estas praxes nojentas e que nada honram o espírito académico. Se no tempo em que frequentei a universidade tivesse tidos pela frente estas auto-apregoadas comissões de praxe, de certo que também estaria numa sala de tribunal, mas de certeza por ter enfiado uma boa tareia nesta miséria de gente.

 

 

 

  24.05.2008 - 00h17 - João Cerqueira, Viana do Castelo

Quando Portugal for um país civilizado, o ritual de humilhação, violência e, às vezes, extorsão de dinheiro aos caloiros («paga uma cerveja ao doutor»), será punido pela lei. Que os restantes bárbaros aprendam a lição. Saúdo a corajosa Ana Francisco Santos.

 

 

 

  23.05.2008 - 23h49 - Nuno, Irlanda

Pena de prisao, e umas quantas "praxes" daquelas que se fazem nas cadeias, era o que se recomendava a estes meninos. As praxes sao mais uma prova do atraso (mental?) dos portugueses...

 

 

 

  23.05.2008 - 23h23 - rosa maria gomes, hamburgo, Alemanha

até que enfim que há mentes iluminadas a verem que estas praxes existentes no séc. 20 sao crimes contra o ser humano. parabéns ao tribunal e que sorte teve a vítima!!!!!!!!!!!

 

  23.05.2008 - 23h18 - Pedro Rocha, Lisboa

Parabéns, Ana. O mais notável é esta notícia não vir de Lisboa, mas sim de uma cidade relativamente pequena e não muito dada a inovações. Em Lisboa, na NOVA, por exemplo, onde fiz a minha licenciatura, a praxe é vista como algo arcaico, ridículo e condenável. Quando um grupo, hesitante, me disse que "ia com eles", eu só me ri. Na cara deles, como é óbvio. Foi o suficiente. Lembro-me de ter perguntado em seguida se não estavam já a ter aulas e se estavam a ter muito trabalho... Há que desdramatizar a praxe. Não dar a mínima importância às coisas que não têm a mínima importância. Rir na cara do "borreguismo" perverso. Dar a entender com duas ou três palavras e um olhar que o ridículo é tanto que chega a ser confrangedor. Perder mais tempo para quê? Fui muito feliz naqueles primeiros dias. E integrei-me completa e rapidamente. De uma forma humana e civilizada, claro está. Faltando um professor ou outro, fomos ao cinema, para a Gulbenkian, passear, por e simplesmente "não fazer nada". Sofrer? Com que obrigação? Só pelas notas. E pelos amigos (que ficaram, e que, claro, também não ligaram patavina às praxes).

 

 

 

  23.05.2008 - 22h44 - Txeira, Porto

AS praxes são rituais de puro exercício de poder, onde o lado mais pérfido humano emerge. O prazer de humilhar e a sujeição, não deviam ser aceites em nenhuma circunstância numa sociedade que se quer civilizada e nunca admitidos a futuros quadros superiores. Se estes Srs não conhecem a dignidade e o respeito, então que actue a lei, é para isso que existe um estado de direito. Infelizmente não há lei que resolva a falta de formação e de cidadania com que vergonhosamente nos deparamos nestas supostas elites.

 

 

 

  23.05.2008 - 21h39 - André Fonseca, Vila Real

O mais estúpido e caricato das praxes e dos praxadores é que estes andam a ser chamados de Doutores e Engenheiros na altura das praxes, quando muitos deles nunca o serão na vida (ainda bem). Eu constatei que a maior parte dos praxadores são estudantes que se um dia acabarem o curso será com mais umas matrículas acima dos anos normais do curso. LOLOLOL!! Se queriam provas do atraso mental destes humanos esta é uma delas.

  23.05.2008 - 21h20 - INCULTO, PORTO GAL

EU JÁ ASSISTI SEM QUERER NO HOSPITAL DE S. JOÃO NO PORTO, A UM RITUAL DESSES E FRANCAMENTE É DEGRADANTE, ELES CHEIRAVAM O TRASEIRO UNS AOS OUTROS, GRUNHIAM, ROLAVAM NO CHÃO, AQUELE GRUPO DE ANORMAIS É QUE ÍAM SER OS NOSSOS FUTUROS MÉDICOS????NA MINHA PROFISSÃO (CAMIONISTA) HÁ SEMPRE NOVOS MOTORISTAS A INICIAR, O QUE É QUE ESSES ANORMAIS DIRIAM SE NÓS FIZESSEMOS O MESMO UNS COM OS OUTROS, CHAMAVAM-NOS BÊBADOS DE CERTEZA, MAS NÓS SOMOS IMPREPARADOS, POUCO CULTOS COMO É NORMAL, AINDA ASSIM NÃO DESCEMOS, TÃO BAIXO COMO ESSES ANORMAIS, DEPOIS ADMIRAM-SE DE AS PESSOAS IREM AO ESTRANGEIRO PARA SEREM OPERADOS, CLARO SERMOS TRATADOS POR ATRASADOS MENTAIS(COM TODO O RESPEITO A ESSES DOENTES, MAS NÃO ACREDITO QUE TENHAM COMPORTAMENTOS TÃO DEGRADANTES)

 

  23.05.2008 - 20h52 - Anónimo, Lisboa, Portugal

As praxes sao pura e simplesmente uma actividade sado-masoquista que da' prazer a alguns alunos veteranos e alguns caloiros.

 

  23.05.2008 - 19h49 - Nuno, Braga

Declaração Universal dos Direitos do Homem "Artigo 1.º Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."

 

  23.05.2008 - 19h48 - Filipe, Lisboa

Débora: assim sendo, coitados dos caloiros espanhóis, franceses, italianos ou ingleses, que nunca serão integrados visto não terem 'praxes'! A praxe ensina acima de tudo a obedecer, a deixar de pensar e ser um carneiro. E a ser boçal também!

 

  23.05.2008 - 19h09 - Luis Salgado, Porto-Portugal

O meu medo é que vai ser um destes anormais que um dia vão tratar das nossas reformas, ou que um dia nos vão operar, que um dia nos vão julgar. Tenho medo...muito medo!

 

  23.05.2008 - 18h54 - André Fonseca, Vila Real

Finalmente! Finalmente as praxes académicas foram incriminadas. Só tenho pena que isto só esteja a acontecer em pleno século XXI.A maior parte dos praxadores são pessoas frustradas, porque só uma pessoa frustrada é que se tenta impor superiormente sobre a outra. E para quem vem falar de tradição posso dizer que a Inquisição também era uma tradição. Falar-se em tradição é falar-se em atraso e falta de evolução de mentalidades.

 

  23.05.2008 - 18h51 - Anónimo, Lisboa

Já não era sem tempo. As praxes são o que há de mais asqueroso e imbecil na juventude académica. Durante muitos anos, desde 69 até 85(?) nada houve dessas actividades idiotas. Nem sequer passava pela cabeça dos que pela universidade andaram nesses anos. Nada tem a ver com rituais de iniciação ou com actividades de integração dos mais novos no "grupo". São pura e simplesmente práticas sádicas, ordinárias, e de atrasados culturais e mentais - mesmo sociopatas. O que me espanta mesmo é que não haja dentro dos estudantes quem ponha estes anormais na ordem e lhes dêem uns tabefes bem dados. Também não se entende que as autoridades académicas façam vista grossa a praticas que envergonham as universidades e politécnicos. Isto nada tem a ver com a aquisição do conhecimento e a aprendizagem de uma profissão. São praticas que devem envergonhar essas instituições. E o País. O Ministério Público tb pode dar uma ajuda na "limpeza" deste lixo que nos suja todos e não apenas os que são sujeitos há humilhação pública.

 

 

 

  23.05.2008 - 18h35 - Zé Povinho, Caldas da Rainha - Portugal

Os meninos irão recorrer das multas e no próximo ano lectivo lá teremos, de novo, as praxes...