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Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Saber (des)contar

13.11.08

Dar o devido desconto ou O referendo como arma para todos os  gostos...

 

Fazemos então as contas ao dito referendo às praxes na UTAD:

População estudantil da UTAD: ~ 6000 alunos

Votantes: 1667 (28%)

Resultados do referendo: 90% sim. Mas será assim?

Ora, ponderando: 0,90x0,28 = 0,25 . Ou seja, apenas 25% de aprovação. E não os proclamados 90% . Isto ainda a fazer fé na validade das mesas de voto onde estariam, supomos, apenas militantes da dita causa. Não ficaria mal aos jornalistas da Lusa perguntarem como ou quem validou os resultados. E se soubessem fazer contas a notícia nunca teria como título o que não é verdade, "Maioria dos estudantes da UTAD a favor da praxe")

 

Enfim,

1- O referendo é ridículo para muitas questões e em muitas circunstâncias, e esta é seguramente uma delas.

2- Os referendos têm legitimidade quando a participação atinge os 50%, o que não aconteceu aqui, nem de longe nem de perto. Apenas votaram 28% dos alunos.

3- A serem válidas as mesas de voto (não temos razão para tal), apenas 25%, e não 90%, terão votado sim.

3- Há duas formas de se ser notícia: boa ou má.

Aqui, estes não escolheram uma nem outra. Optaram pelo ridículo...

 

Resultado do referendo interno

  Vila Real

Maioria dos alunos da UTAD a favor da praxe

Cerca de noventa por cento dos 1.667 alunos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que votaram no referendo interno que decorreu hoje, estão a favor da praxe nos moldes como ela se faz actualmente.
O Conselho de Veteranos da UTAD chamou os alunos a responder à questão «Concordas com a existência, regulamentação e fiscalização da praxe académica na forma em que se encontra no código de praxe?».
Paulo Rosa Santos, o «venerável ancião» do Conselho de Veteranos, disse à Lusa que votaram no referendo interno 1.667 dos cerca de 6.000 alunos que estudam na academia transmontana.
Noventa por cento votaram sim, 9,84 por cento responderam não e menos de um por cento de votos foram brancos ou considerados nulos.
Paulo Rosa Santos explicou que, com esta iniciativa, se pretendeu mostrar a posição dos estudantes universitários relativamente a uma delimitação ao tempo e locais onde decorre a praxe.
O responsável critica a diminuição do «período de praxe», salientando que «não haverá tempo para a realização de todas as tradicionais actividades que servem para a integração dos novos estudantes».
Referiu ainda que, para além do «campus», os actos de praxe também decorrem na cidade o que, na sua opinião, também serve para integrar e dar a conhecer a mesma aos caloiros.
Os resultados do referendo serão entregues à Reitoria e ao Conselho Geral da UTAD.

Lusa, 2008-11-11

http://www.diariodetrasosmontes.com

Leiria (des)regulou praxes

10.11.08

O Instituto Politécnico de Leiria fez uma tentativa para regular o impossível, ou inaceitável.

Numa proposta tímida, bem intencionada mas cheia de contradições.

Apesar de tudo salvaguarda a possibilidade de extinção destes actos.

Veremos em que tempo.

 

Há quem seja contra as praxes tanto quanto contra os regulamentos pribicionistas.

Eu, perfilo-me do lado dos que pensam que de cima deve vir a pedagogia. Ou mais ainda, a vigilância da defesa dos direitos e liberdades de modo integral. E não com os parêntesis que estes regulamentos, ou sem eles, se abrem nos campus universitarios.

 

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Diário da República, 2.ª série — N.º 150 — 5 de Agosto de 2008

 

http://www.ipleiria.pt/resources;jsessionid=aeaacc87657c90075fa641e43192?portal=ipleiria&sruid=116719-cms-main-documents&type=pdf

 

Normas reguladoras dos actos de praxe no campus do IPL

e escolas superiores e serviços de acção social

 

Uma cuidada reflexão sobre as práticas de praxe nos últimos anos

permite constatar que em alguns casos têm sido ultrapassados os limites

da razoabilidade, ferindo a dignidade dos novos estudantes e desvirtuando

o «fim integrador» na vida académica dos novos estudantes que

as praxes devem prosseguir. Em consequência, algumas práticas de praxe têm perturbado o normal funcionamento das actividades lectivas com repercussões negativas no

aproveitamento escolar dos novos estudantes. (…)

 

Artigo 1.º

Os actos de praxe só podem revestir a natureza de actos de integração

na vida académica, não podem em caso algum ser a eles sujeitos

estudantes contra sua vontade, revestir natureza vexatória ou de ofensa

à integridade física e moral do estudante, perturbar a sua ida e permanência

às aulas.

 

Artigo 2.º

1 — Nenhum estudante pode ser sujeito a actos de praxe contra a

sua vontade.

2 — Não são admissíveis actos de praxe que firam a dignidade do

estudante ou possam lesar a sua saúde.

(…)

Artigo 6.º

(…)  

2 — O despacho referido no número anterior, atendendo às circunstâncias

que o determina, pode igualmente determinar a proibição de

quaisquer actos de praxe para os anos subsequentes.

 

Artigo 7.º

É, ainda, expressamente proibido qualquer acto de praxe que obrigue

os estudantes a comparecer no campus das Escolas ou do IPL com

indumentária menos apropriada.

 

Artigo 8.º

A violação das regras atrás estabelecidas é passível de procedimento

disciplinar.

 

Rijas posições!

10.11.08

 

 

A Juventude Comunista Portuguesa fez um texto intitulado «RJIES – proibição das praxes», que está no seu blog e que enviou para a imprensa.

 

A JCP dá tanta importância à praxe (e está tão metida nela) que se dá ao trabalho de escrever um texto sobre isso. Isto revela, aliás, que as praxes andam mesmo a ganhar muito poder dentro das escolas e muito tempo e espaço da cabeça dos estudantes – facto triste e perigoso a que se deve dar atenção.
 

 

Fontes: http://www.blogdomata.blogspot.com/

http://www.jornalmudardevida.net/?p=1287

 

Parte do texto da JCP:

 

http://www.jcp-pt.org/noticias.php?id=420&categoria=3&categoria2=0&categoria3=0

 

No contexto deste Regime Jurídico, verifica-se que em vários dos novos estatutos criados encontram-se restrições relativamente a actividades académicas, como a praxe, nomeadamente no que diz respeito ao seu tempo de duração e aos locais em que pode ser feito, que em algumas instituições acaba por ser a maior parte do seu espaço. Segundo o que está estipulado, a frequência às aulas não pode ser posta em causa para a realização destas actividades. Em caso de não cumprimento, os estudantes estão sujeitos a processos disciplinares. A JCP considera que tais restrições são uma ingerência na vida dos estudantes, e que é a eles que cabe as decisões no que diz respeito às suas actividades académicas.

 

A JCP apela a que os estudantes se unam na luta contra este Regime Jurídico

Protestantes pela Praxe!

02.11.08

Pouco a pouco, alguns reitores vão tomando uma posição pública e clara sobre o que é impróprio  numa instuição de ensino.

Elogiamos esta atitude desassombrada por parte da figura máxima da Universidade de Évora, o reitor Rui Araújo. Aguardamos apenas que esta tenha mais seguidores. Que outros não se acomodem no bolorento imobilismo, intimidados por uns quantos "morcegos"!...

 

Recomendamos, aqui, que leiam as palavras do ministro...

(http://anti-praxe.blogs.sapo.pt/8415.html)

  

Estudantes de Évora protestaram contra restrições às praxes

 02.11.2008

 
O Dia da Universidade de Évora foi ontem marcado por um protesto de estudantes contra as limitações impostas pelas autoridades académicas à prática das praxes. Cerca de 600 alunos juntaram-se no claustro maior da instituição, trajados a rigor e empunhando cartazes a apelar à "tradição académica". A música das tunas deu lugar ao silêncio e o acto de estender as capas para que o cortejo académico passe por cima delas foi substituído por um virar de costas aos docentes. Para o Conselho de Notáveis, órgão constituído por alunos das diferentes licenciaturas, esta foi uma acção que visou mostrar a sua indignação com as medidas tomadas pela reitoria. "Esta foi a forma encontrada para mostrarmos que somos a favor da tradição académica e da praxe, devendo a Universidade assumi-la como sua, respeitá-la, e compreendê-la, ao invés de a afastar e rejeitar, uma vez que a praxe vai continuar a existir", afirmou Hugo Quintino, membro daquele conselho. O reitor Jorge Araújo disse, por seu lado, que os alunos estavam no seu direito de se manifestar, lamentado, contudo, o facto de "não reagirem relativamente a coisas muito mais graves que acontecem, dando a ideia de que a capacidade de indignação dos estudantes se resume às praxes". Jorge Araújo salientou que as praxes protocolares não estão proibidas, "o que está proibido são as alarvidades como gritar, chafurdar, sujar e todas as práticas que no fundo podem atentar contra a saúde física e psíquica dos alunos". M.A.Z.
http://jornal.publico.clix.pt/