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Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Testemunhos

11.09.19

Drª Manuela Eanes:

"Eu fico muito chocada com as praxes que têm havido ultimamente. Na altura havia uma coisa muito importante: recebíamos as caloiras com um lanche, ficávamos madrinhas de algumas. Se houvesse algum problema podiam contar connosco. Acho que isso é que é o verdadeiro espírito universitário: ficarmos responsáveis pelos mais novos. É muito importante estarmos abertos aos colegas, permitir que eles se sintam bem, pois a mudança de ambiente é muito difícil para alguns. Há tantos movimentos para tanta coisa. Acho que deveria haver um movimento para pôr fim às praxes agressivas, desumanas e degradantes».

Prof. Diogo Freitas do Amaral:

"A praxe académica não só não servia para qualquer fim útil, como se traduzia na maioria dos casos em violação dos direitos humanos fundamentais, tanto dos caloiros como sobretudo das caloiras».

«Que sentido faz, perguntou aos mais velhos, vocês receberem os mais novos nesta casa, que é de todos, com exigências imorais, mangueiradas e humilhações? Acolham os caloiros com simpatia, mostrem-lhes os cantos à casa, expliquem-lhes como é diferente a universidade do liceu, e ofereçam-se para os ajudar nas dificuldades que vierem a enfrentar nas disciplinas do primeiro ano. Isso, sim, será uma autêntica solidariedade académica!»

«Foi o que se fez, acrescenta, logo em outubro de 1998. E a experiência foi um sucesso! Só é pena que ainda hoje, em pleno século XXI, haja universidades portuguesas que consintam na continuação da estúpida tradição, marialva e machista, da velha praxe académica, e que todos os governos (de direita e de esquerda) revelem medo de a proibir… Ainda não perceberam que essas praxes são muito piores que as touradas?!»

Diário do Minho, por Silva Araújo, 05 Set. 2019
https://www.diariodominho.pt/2019/09/05/praxes-academicas-e-faltas-de-respeito/

Instituições Reconhecem Comissões de Praxe

10.09.19

Dois exemplos, entre muitos, onde o reconhecimento se mantém ou mantinha.

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Uma denúncia de praxe abusiva feita no ano passado por sete estudantes da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESAC) levou a instituição a proibir as praxes no recinto da escola. O caso está a ser investigado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra e a ESEC tem relações suspensas com a Real Tertúlia Bubones, que gere as praxes no estabelecimento

Segundo o responsável, a comissão de praxe “terá de fazer uma alteração aos seus estatutos e rever o código de praxe” de modo a adotar uma “postura consentânea com os direitos e valores de uma sociedade democrática”.
“Não podemos permitir a violação dos direitos humanos, nem que se baseie na desigualdade ou humilhação”, justifica Rui Antunes.

https://www.asbeiras.pt/2019/09/escola-superior-de-educacao-de-coimbra-proibiu-praxe-apos-denuncias/

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Para além da comissão de festas, vais encontrar alunos trajados à tua espera, a comissão de praxe respetiva ao teu curso. Apesar das diversas opiniões sobre a praxe, a escolha de participar é completamente tua. Por mais que os elementos trajados da academia com uma hierarquia superior à tua te possam assustar, não te deves preocupar.

Nos dias das inscrições, a comissão de praxe do teu curso estará, total ou parcialmente, à tua espera do lado de fora. Estes vão querer falar contigo, explicar o conceito da praxe e convidar-te a participar. Sendo esta uma atividade não obrigatória, terás a possibilidade de experimentá-la, ou não, e de desistires quando bem o entenderes.

http://www.comumonline.com/2019/09/es-novo-na-uminho-um-guia-para-o-primeiro-dia-da-tua-vida-academica/

Católica dá Tiro de Partida

01.09.19

Ainda Setembro começa e são já anunciadas reedições de Solidariedades forçadas, praxadas.

Quando, nem de aqui, vem um sinal de que a solidariedade é um acto cívico, livre e espontâneo, é caso para dizer: valha-nos deus!

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Católica em praxe solidária para apanha de batata

https://agencia.ecclesia.pt/portal/evento/ensino-superior-caloiros-da-catolica-em-praxe-solidaria-para-apanha-de-batata/?instance_id=2332

“Este Dia Solidário que pretende ser uma alternativa às praxes tradicionais decorre a 4 de setembro e tem como objetivo contribuir para a integração dos novos alunos”