Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

05
Jun 08

 

IPB alerta estudantes para praxes humilhantes

 

O Instituto Politécnico de Bragança não se quer ver envolvido em casos de tribunal por causa das praxes.

Para tal, está a sensibilizar os estudantes para a necessidade de encarar as praxes académicas como actos de integração na comunidade estudantil.

 

Esta posição surge na sequência das recentes declarações do Ministro do Ensino Superior, em que Mariano Gago afirmava que iria encaminhar para o Ministério Público todos os casos de abusos nas praxes.

Além disso também quer responsabilizar as instituições de ensino superior que não actuem sobre esses casos.

 Por isso, todos os estudantes receberam um e-mail da direcção da instituição a alertar para a situação pedindo aos alunos que “não deixem o IPB ficar mal visto”. “Com esse mail procuramos informar os alunos desta posição do Governo e sensibilizá-los para haver uma postura mais correcta durante asa praxes de forma que seja um momento integrador para os novos alunos”, afirma o presidente do IPB. Sobrinho Teixeira não quer que o politécnico venha a ser tristes notícias de jornal ou casos de tribunal.Por isso, pede aos estudantes para evitar praxes humilhantes e que elas sirvam antes para a integração dos novos alunos. “As praxes violentas ou susceptíveis de humilhação que são atitudes ordinárias, traduzem-se numa falta de imaginação de quem as pratica”, considera. Perante as palavras do ministro do ensino superior, o IPB sente-se obrigado a alertar os estudantes para a necessidade de haver uma atitude pró-activa durante as praxes.

Última actualização: 05-06-2008 07:22

 http://www.brigantia.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=490&Itemid=2

publicado por contracorrente às 15:51
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Sou aluna da escola de saude do ipb e acho oportuno evidenciar tambem o lado bom da praxe e glorificar os praxantes que praxaram os caloiros de Abril. Fizeram com que nos integrassemos melhor na escola e com os nossos colegas e mostraram-nos a cidade, e a sua noite. A praxe não é sinónimo de humilhação, isso são excepções.
Gervásia a 6 de Junho de 2008 às 22:23

Não me parece que a melhor forma de conhecer Bragança seja "de quatro", mascarada ou alcoolizada... Ou, simplesmente, obrigada.

bom e a mim parece-me que quem não concorda com as praxes são sempre aqueles que têm a infelicidade de se cruzar com maus praxantes ou maus exemplos/cenas de praxes.

A praxe no IPB faz-se de maneira saudável e ao mesmo tempo tradicional.
Vejam o exemplo da minha escola, a estig.perguntem aos caloiros se, apesar de algumas praxes não fazerem sentido, não se sentem (agora, depois das praxes) mais unidos e se não se conhecem melhor uns aos outros.

Sempre que leio ou oiço pessoas anti-praxe fico revoltado porque SIM, SOU UM PRAXANTE e NÃO, NÃO HUMILHO OS MEUS CALOIROS!
Mostro-lhes a cidade e a faculdade, explico como funcionam as coisas, digo-lhes que tenham cuidado se forem ao sitio x ou y, etc.
Tudo isto é feito, obviamente, com brincadeiras/jogos, que têm o intuito de aproximar os caloiros e, é claro, de animar o ambiente!
Acho que a praxe só é má quando são cometidos exageros ou excessos, casos que obviamente dvem ser expostos, mas fora isso sou a favor das praxes.
Ensino-lhes as canções da escola/curso e o hino do curso..

Par além disso a praxe não é só (como quase toda a gente pensa...) caloiros a rebolar no chão e alcoolizados! É todo um conjunto de actividades diurnas/nocturnas de inserção e ambientalização dos caloiros.

Um exemplo: Um caloiro vem estudar para a nossa faculdade, vindo de Portalegre ou de outra cidade qualquer. Não sabe onde fica o Minipreço, nem o Feira-Nova, nem o Modelo, etc..Como tal não sabe onde poderá comprar pão, leite, carne,etc..
Agora imaginem esse caloiro numa cidade estranha, completamente sozinho, sem conhecer ninguem..
Agora imaginem a nossa faculdade sem praxes..Um caloiro envergonhado, vindo de umas centenas de quilómetros de distância, "aterra" nesta cidade!
A quem vai o caloiro perguntar onde é o sítio x ou y? Aos seus colegas caloiros que vêm de tão ou mais longe que ele?
Ou a um praxante, que já conhece a cidade e pode aconselhá-lo acerca dos sítios one ele pode encontrar o que precisa?

Voçes podem dizer o que quiserem, mas uma faculdade sem praxes é uma faculdade vazia, sem animação!
Quem não concorda com praxes que se declare anti-praxe e ponto final.
Haverá coisa mais animada do que as mostras dos caloiros, as semanas dos caloiros, etc???

Não vejam apenas o lado negativo das coisas, olhem com olhos de ver, minha gente!!

De qualquer maneira, é só a minha modesta opinião.

Ah.. e já agora... eu não obrigo ninguém a ir às praxes, como escrevi antes, quem não quer não vai (!!!) e pode sempre declarar-se anti-praxe..

Rui Silva.

Ainda bem que assina, e se assume. Também me assumo, de outra “contracorrente”. Não sei se minoritária. Mas contra os que, sem argumentos válidos, defendem a praxe. E contra os indiferentes. Sobretudo contra estes. Ou provocando-os, para que se questionem e posicionem.

Destaco, abaixo, algumas das suas afirmações que são um “must” do filantropismo dos praxistas. Também na minha modesta opinião, é certo. Que não quero moralizar o mundo…

Cumprimentos,

Amílcar A.

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SIM, SOU UM PRAXANTE e NÃO, NÃO HUMILHO OS MEUS CALOIROS! Mostro-lhes a cidade explico como funcionam as coisas, digo-lhes que tenham cuidado se forem ao sitio x ou y, etc

a praxe não é sócaloiros a rebolar no chão e alcoolizados!

Não sabe onde fica o Minipreço, nem o Feira-Nova, nem o Modelo, etc..Como tal não sabe onde poderá comprar pão, leite, carne,etc..

Um caloiro envergonhado, vindo de umas centenas de quilómetros de distância, "aterra" nesta cidade! A quem vai o caloiro perguntar onde é o sítio x ou y?
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pois meu caro, mas o que eu quis dizer nas entrelinhas e que ao que parece ninguem percebeu é que:
-há "maus" praxantes e "bons" praxantes!
dou-lhe razão quando diz que há praxantes que embarassam e envergonham o nosso país e as nossas universidades/faculdades. Esses também a mim me indignam!

Mas o que "vocês" que são "do contra" se esquecem de referir é que, como em quase tudo na vida, nem todos são maus exemplos.
Admito que tenho colegas que exercem praxes que não podem chamar-se propriamente de educativas mas há uma parte de nós (se calhar uma minoria ou uma maioria, não sei bem) que exercem praxes saudáveis.

E os ditos filantropismos que citou são para uns um subterfúgio e para outros a expressão da sua verdade e actos. Como se calhar não percebeu, este último é o meu caso.
Prova disso é que nunca tive quaisquer problemas de praxar os "meus" caloiros em qualquer parte da cidade e à frente de quem quer que fosse!
Os caloiros do meu curso foram, no passado ano lectivo, praxados em frente ao director da faculdade, do qual não foi obtido nenhum comentário negativo.
Axo que estas pequenas coisas podem ser prova de que nem todos no mundo das praxes são maus exemplos.

Sou a favor das praxes (axo que ficou claro) mas, como é óbvio, sem exageros. E o problema é que quem está de fora só vê os exageros...

Rui Silva.
Rui Jorge a 27 de Junho de 2008 às 17:37

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“Quando fizermos uma reflexão sobre o nosso séc. XX, não nos parecerão muito graves os feitos dos malvados, mas sim o escandaloso silêncio das pessoas boas." Martin Luther King "O mal não deve ser imputado apenas àqueles que o praticam, mas também àqueles que poderiam tê-lo evitado e não o fizeram." Tucídedes, historiador grego (460 a.c. - 396 a.c.)
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