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Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Referendar o impossível

09.10.08

O ridículo não tem limites.

Será possível referendar a tortura, a humilhação?

 

Pelos vistos sim. No dia 11 de Novembro, que certos calendários dizem ser dia de São Martinho. Pois que o façam pelo menos com bom vinho!

 

 

Dia 11 de Novembro

  Vila Real

Alunos da UTAD vão referendar a praxe

»Concordam com a praxe nos moldes em que está regulamentada no código de praxe do Conselho de Veteranos?». No próximo dia 11 de Novembro, a praxe vai ser alvo de referendo por parte dos alunos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). A decisão foi tomada na última Assembleia Geral de Alunos, por proposta do Conselho de Veteranos, que não concorda com a inclusão de alguns pontos sobre o tema nos Estatutos da UTAD.

Os alunos da UTAD vão responder a um referendo relativo às praxes. A decisão surgiu na última Assembleia Geral de Alunos, que teve como tema de discussão as praxes e a sua regulamentação. E a proposta foi apresentada pelo Conselho de Veteranos.

Recorde-se que, recentemente, os estatutos da UTAD incluíram uma cláusula relativa às praxes que desagradou ao Conselho de Veteranos. Em causa estavam, por exemplo, os pontos em que se instituía apenas duas semanas para a praxe e que esta não se poderia realizar fora dos espaços da universidade nem dentro dos pavilhões onde os alunos têm aulas. Estas duas polémicas determinações acabaram, no entanto, por ser removidas dos estatutos pela Assembleia Estatuária da UTAD. Contudo, mantêm-se ainda outros dois pontos que desagradam ao Conselho de Veteranos, relacionados com aquilo que nos estatutos é considerado praxe.

De resto, foi esta “intromissão” da universidade num assunto que, até agora, era apenas regulamentado pelo Conselho de Veteranos, que acabou por levar à marcação de uma reunião de alunos extraordinária para debater a situação.

Segundo um comunicado enviado pelo Conselho de Veteranos da UTAD, o objectivo desta RGA (Reunião Geral de Alunos), na qual participaram 700 alunos, foi “debater as Praxes Académicas e o ataque que as tradições académicas e os estudantes da UTAD têm sofrido nos últimos tempos”.

Além da proposta de referendar a questão das praxes, na reunião foi aprovada uma moção de apoio às praxes. Ambas as propostas foram aprovadas por uma esmagadora maioria e “com total liberdade de expressão e de voto”. No comunicado, pode-se ler ainda que “as praxes foram proibidas pelo Conselho de Veteranos durante a Assembleia Geral de modo a garantir a total liberdade de expressão dos caloiros na reunião”. Na Assembleia, apenas quatro caloiros se mostraram contra as praxes.

O referendo vai decorrer no dia 11 de Novembro e Paulo Rosas, venerável Ansião da UTAD, espera uma “participação massiva” dos estudantes, que vão responder se “concordam com a praxe nos moldes em que está regulamentada no código de praxe do Conselho de Veteranos”.

Sónia Domingues, Semanário Transmontano, 2008-10-08

 

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