Expiar as Praxes com Colher de Pau
A forma fácil de expiar é acusar?
Nunca subscrevemos a tese de que um acusado salva a honra. O que sempre vimos, como regra com raras excepções, é que a culpa morre solteira.
Sempre aqui dissemos, ao lamentar as muitas mortes que em todas, nestas e nas anteriores, para além dos autores materiais estavam e continuam impunes os autores morais, os que por conivência e omissão permitem que estes actos se tenham institucionalizado nas suas instituições.
Mas, voltando ao expiar e não professando, dizemos apenas com amarga ironia: perdoem-lhes que não sabem o mal que fazem. A uns e a outros.
Mortes no Meco: Ministério Público arquiva caso.
O facto de João Gouveia não ter levado consigo, no fatídico passeio até à praia, a colher de pau – “a mais nobre e simbólica insígnia da praxe”, segundo o código ritual – mostra, segundo o despacho de arquivamento, que terá abdicado, nesse momento e daí em diante, do seu ascendente hierárquico.