Flectir ou Reflectir? Sobretudo não matarás!
A genuflexão é um acto que (ainda) faz boa escola.
O direito à revolta nem por isso.
Não será justiça unidireccional mas existe também o direito, com ou sem revolta, que ela siga todas as direcções. E este caso aguarda gritante justiça.
Mãe que perdeu filho nas praxes vai a tribunal e invoca direito à “revolta”
Pedro Sales Dias, 23/05/2016 - 08:03
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/mae-julgada-por-nomear-assassinos-do-filho-defendese-com-direito-a-revolta-1732650
Filho morreu numa praxe na Tuna Académica da Universidade Lusíada de Famalicão em 2001, mas a justiça foi incapaz de encontrar os culpados. Esta segunda-feira, a mãe começa a ser julgada acusada de difamar um dos jovens que foram arguidos na investigação ao homicídio.
Quinze anos depois de o filho ter morrido devido a agressões infligidas numa praxe na Tuna Académica da Universidade Lusíada de Famalicão, Maria de Fátima Macedo senta-se no banco dos réus acusada ela por quatro crimes de difamação. A mesma justiça que foi incapaz de encontrar os culpados da morte de Diogo quer condenar a mãe por ter nomeado os suspeitos da morte do filho em entrevistas a um jornal e a duas televisões em 2014 .
Olavo Almeida, tuno agora com 39 anos – que chegou a ser arguido na investigação ao homicídio depois arquivada – não gostou do que ouviu. Apresentou uma acusação particular por difamação e uma procuradora do Ministério Público decidiu acompanhá-lo. O julgamento começa na tarde desta segunda-feira no Tribunal da Maia e Maria de Fátima Macedo arrisca uma pena até dois anos de prisão ou o pagamento de uma multa. O queixoso exige-lhe uma indemnização de 120 mil euros. Em 2009, o Tribunal Cível de Famalicão condenou a Universidade Lusíada de Famalicão a pagar à mãe 90 mil euros de indemnização.