Grandes Duches!
Papas, Cardeais, Duxes e outros que tais.
É este o folclore hierárquico que preenche e ocupa alguns dos trajados, capados.
Veteranos das universidades demarcam-se de praxes polémicas
Samuel Silva 28/01/2014 - 08:57
Os veteranos das universidades nacionais querem separar a praxe que é feita na generalidade das instituições de ensino superior dos casos violentos que têm lançado o debate acerca destas práticas. Também o secretário de Estado da Juventude, Emídio Guerreiro, se referiu ontem à questão suscitada pela morte de seis estudantes na praia do Meco, em Sesimbra, dizendo que aquilo que aconteceu no mês passado “não é praxe académica”.
“A praxe do Porto e a maioria das praxes do país recomendam-se e devem poder continuar a existir”, defende o dux da Universidade do Porto, Américo Martins – um dos mais antigos alunos do ensino superior em Portugal, com 40 matrículas. Também o dux da Universidade de Coimbra, João Luís Jesus, defende que em muitas instituições do ensino superior não há “algo que justifique as suas praxes”, fazendo cópias "com desvios" do que é feito na mais antiga universidade portuguesa. "Noutros sítios, sujam-se os caloiros com lama, ovos ou farinha, quando isso, em Coimbra, é expressamente proibido", explicou à agência Lusa.
“A praxe é muito mais do que aquilo que é mediatizado. Só se mostra um lado e não há preocupações em contextualizar [o que acontece]”, defende também a papa da Universidade do Minho, Maria Canelas. O dux do Porto diz, por isso, que é preciso “distinguir” entre o que é praxe “e aquilo que não é”. Por isso, recorda, há dois anos foi aprovado por nove academias um conjunto de princípios que devem regular este tipo de actividades.