In dubio pro reo
Praxe volta a matar? Já não seria a primeira vez.
E até quando os dirigentes das academias toleram a existência e a impunidade destas personagens nas suas instituições?
Se é válido o princípio jurídico "in dubio pro reo", não deixa de ser menos válido o princípio de autoria moral, no caso por omissão, por não aplicação dentro das academias da lei civil, para não as transformar em espaços de exclusão ou excepção, onde um traje negro autoriza todos os actos obscuros.
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"Lusófona abre inquérito para esclarecer morte de estudantes na praia do Meco"
http://m.tsf.pt/m/newsArticle?contentId=3642362&page=1
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=710955&tm=8&layout=122&visual=61
Comissão da Praxe em silêncio
Antes, nem a Universidade Lusófona nem a associação académica da instituição comentaram as notícias várias que têm vindo a público, nomeadamente as avançadas pelo Jornal de Notícias e pelo Correio da Manhã, de que esteve mais uma pessoa na praia além do sobrevivente e de que na sexta-feira o Dux da Comissão de Praxes foi “destituído” pelos colegas, na sequência deste caso.
“A Académica Lusófona nada tem a ver com as Praxes Académicas, sendo essa actividade praticada e desenvolvida apenas pela COPA [Comissão Organizadora da Praxe Académica]”, respondeu a académica, por e-mail.
“Neste momento, o responsável pela COPA é o Dux Honorário Fábio Jerónimo, pelo que ele é o único que pode responder às vossas questões (não temos qualquer tipo de contacto do mesmo)”, acrescenta.
Entre os alunos que não responderam às tentativas de contacto está ainda João Miguel Gouveia, que tem sido identificado como o Dux à data do acidente e que foi o único a sobreviver à tragédia. O PÚBLICO sabe que este estudante tem estado a receber apoio psicológico, considerando o técnico que o acompanha que ele ainda não está em condições de falar sobre o que aconteceu no Meco. Fábio Jerónimo estará agora a substitui-lo na comissão de praxe.