Meco, a pedra de Sísifo
É tão difícil fazer justiça?
Não, não falamos da justiça que convenha a uma das partes. Neste momento apenas do direito a ouvir todos os que possam aportar alguma informação que esclareça as sombras, qual capa negra, que é lançada sobre a morte de seis jovens.
Noutras circunstâncias quem de direito empenhar-se-ia por ouvir exaustivamente todos procurando apurar os factos. Porquê aqui não?
Quantas vezes a pedra terá que ser levada ao cimo da montanha, à porta do tribunal, para voltar ao inicio?
Meco: Processo vai continuar, mesmo que caso não vá para tribunal, revela advogado
O advogado das famílias dos seis jovens que morreram na praia do Meco garantiu hoje que o processo judicial vai continuar, mesmo que o caso não vá para julgamento.
"Ainda podemos recorrer ao Tribunal dos Direito do Homem, ao Tribunal da Relação ou pedir a responsabilidade civil", disse Vítor Parente Ribeiro, reafirmando a ideia de que a investigação do caso terá sido mal conduzida desde o início.
Desiludidos, os familiares dos seis jovens também lamentaram à chegada ao tribunal que o juiz de instrução tivesse recusado a inquirição dos médicos do INEM e do Hospital Garcia de Orta que assistiram o único sobrevivente e arguido no processo, João Gouveia depois da tragédia na praia do Meco, em que morreram seis jovens alunos da Universidade Lusófona de Lisboa.
Para José Campos, pai de uma das vítimas, Tiago Campos, o depoimento do perito do Instituto de Medicina Legal na fase de instrução veio confirmar que João Gouveia nunca terá estado dentro de água, o que corrobora a convicção das famílias de que os seis jovens morreram na sequência de uma praxe na praia do Meco.
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Diário Digital com Lusa