Nas barbas do Ministro?
Salvo seja.
Não é preciso ir a Braga ou Bragança, para ver que as boas recomendações do Ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, são tábua rasa. E de como as boas intenções superiores são, criminalmente no caso, ignoradas pelas bases.
Mérito não tira a quem tem boa intenção, bem pelo contrário. Mas antes nos faz questionar sobre os valores de um grupo de estudantes, apesar de tudo minoritário, que toma de assalto o início de ano das academias.
O praxódromo de Lisboa é o jardim do Campo Grande
http://www.dn.pt/sociedade/interior/o-praxodromo-de-lisboa-e-o-jardim-do-campo-grande-5405838.html
Rute Coelho, 24 DE SETEMBRO DE 2016, 01:35
Com a Cidade Universitária de um lado, a Universidade Lusófona do outro e ainda a proximidade de outras universidades, como o ISCTE, o Jardim do Campo Grande, em Lisboa, é por estes dias de arranque do ano escolar um gigantesco praxódromo.
[...] indiferentes aos apelos do Governo para se combaterem as praxes que humilham.
"Vão ser batizados aqui com a água do lago", explicava ao DN João Antão, de 19 anos, membro da comissão de praxes do curso de Engenharia de Telecomunicações e Informática (ETI) do ISCTE.
Entre gargalhadas, palmas, saltos e gritos de "ETI", João Antão e João Cardoso lá vinham garantir em apartes que "as praxes do ISCTE não têm má fama" e "os caloiros não são obrigados a nada".
No Jardim do Campo Grande tem-se logo uma ideia dessa dimensão. Um grupo de raparigas do curso de Direito da Universidade Clássica de Lisboa descansava na relva com uns copos de cerveja comprados a 50 cêntimos cada, antes das tradicionais praxes que iam fazer aos caloiros. Beatriz Pires, do 3º ano de Direito, serviu de porta-voz do grupo: "Vamos para o Rossio batizar os caloiros na fonte."