Os Mortos Também Falam
Esta é a principal conclusão da autópsia, que não deixa dúvidas. Não obstante julgam-se os vivos. Mas, pasme-se, não os autores mas as vítimas.
Médico denunciou homicídio que pacto de silêncio na tuna abafou
Pedro Sales Dias, 23/04/2016 - 08:33
Clínico terá descoberto tudo e denunciou crime ao procurador em Braga. Acabou por se suicidar dias depois em circunstâncias suspeitas.
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/medico-denunciou-homicidio-que-pacto-de-silencio-na-tuna-abafou-1729824
Foi um médico do Hospital de São João, no Porto, que lançou em 2001 as suspeitas de crime no caso da morte de Diogo Macedo, jovem que era “tuninho” (caloiro) da Tuna Académica da Universidade Lusíada de Famalicão, apesar de então estar no quarto ano do curso de Arquitectura. Quinze anos depois, o caso volta a ser notícia porque uma procuradora quer que a mãe de Diogo Macedo responda em tribunal por ter identificado aqueles que considera que foram os responsáveis pela morte do filho.
O relatório da autópsia ao cadáver de Diogo Macedo desfia um rol de lesões: um hematoma extenso no cerebelo, uma fractura da primeira vértebra cervical, duas escoriações no lábio, uma escoriação na orelha direita, múltiplas equimoses no tórax, múltiplas equimoses na região lombar e uma equimose no testículo. António Guimarães [o médico que fez a denúncia] tinha razão.
O filho de Maria de Fátima Macedo morreu, mas o Ministério Público não encontrou culpados. Agora, a mãe vai ser julgada por difamação de um dos alegados envolvidos.
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/procuradora-quer-mae-de-aluno-morto-em-praxe-julgada-por-nomear-assassinos-na-tv-1729823