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Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Praxes, basta!

11.11.09
"Basta pum basta!!!
Morra o Dantas, morra! Pim!"
 
in Manifesto Anti-Dantas, Almada Negreiros
 
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Depois das recomendações do Ministério do Ensino Superior Politécnico de Viseu proíbe praxes nas suas instalações

11.11.2009 - 09:36 Por Lusa

 

O presidente do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), Fernando Sebastião, proibiu as praxes académicas nos edifícios e espaços envolventes das escolas da instituição para não “dar facilidades” aos alunos para cumprirem esta tradição. A decisão, que consta num despacho de 30 de Outubro, prendeu-se “com as recomendações do ministro [da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior) e com o impacto negativo para a imagem do instituto” que tiveram notícias recentes sobre a existência de alegados “negócios lucrativos” de membros do Conselho de Viriato com os bares para onde levam os caloiros, justificou Fernando Sebastião. “O ministro recomendou que não fossem dadas facilidades relativamente às actividades de praxe e avisou que, se houver denúncia de humilhação dos alunos, comunicará ao Ministério Público. Ora, se permitirmos as actividades, estamos a facilitá-las”, considerou, aludindo à mensagem enviada por Mariano Gago aos responsáveis máximos das universidades públicas e privadas e dos politécnicos. Fernando Sebastião admitiu que, na sua decisão, pesou a denúncia anónima que apontou o dedo a elementos do Conselho de Viriato (nomeadamente à sua presidente), que estariam a lucrar à conta dos caloiros e que levou mesmo a Associação Académica a suspender a praxe. “A única medida que eu podia tomar era não autorizar as actividades de praxe”, frisou. No que respeita a este assunto, contou que o ministro lhe enviou “cópias de recortes das notícias de jornais” e “mostrou preocupação pela situação”. “Acho que depois de tudo isto os dirigentes associativos estão preocupados com a situação e não querem abusos, nem que a academia esteja na praça pública por maus motivos”, considerou, contando que houve quem não tivesse gostado da sua decisão e quem achasse que “já devia ter sido tomada há mais tempo”. O presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Viseu, Rafael Guimarães, escusou-se a dizer se concorda ou não com o despacho de Fernando Sebastião. “Já havia algumas escolas que proibiam a prática de praxe, nomeadamente a Superior de Tecnologia e a de Tecnologia e Gestão de Lamego. Foi uma questão de estender isso às restantes escolas do Politécnico”, disse apenas, disposto a dar o assunto das praxes por encerrado.

 

http://publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/politecnico-de-viseu-proibe-praxes-nas-suas-instalacoes_1409334

 

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De acordo com o Blog do M.A.T.A. esta posição tinha também já sido assumida em comunicado pelo Director da FEUP, Carlos A. Veiga da Costa.

 

Despacho n.º 3/2009 No quadro das instruções recebidas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior relacionadas com as praxes académicas, do despacho do Senhor Reitor da Universidade, a Direcção da FEUP lançou um aviso a toda a comunidade académica, sublinhando a obrigatoriedade de todos os estudantes envolvidos nas praxes observarem as condições que garantissem o desenrolar normal e sereno dessas actividades. Tendo-se verificado, ainda assim, o não cumprimento integral do referido aviso, determino a cessação imediata de toda e qualquer actividade no âmbito das praxes académicas dentro das instalações da FEUP.

 

Porto e FEUP, 30 de Outubro de 2009

 

http://blogdomata.blogspot.com/2009/11/apesar-de-nao-considerarmos-ser-melhor.html

 

Rijas posições!

10.11.08

 

 

A Juventude Comunista Portuguesa fez um texto intitulado «RJIES – proibição das praxes», que está no seu blog e que enviou para a imprensa.

 

A JCP dá tanta importância à praxe (e está tão metida nela) que se dá ao trabalho de escrever um texto sobre isso. Isto revela, aliás, que as praxes andam mesmo a ganhar muito poder dentro das escolas e muito tempo e espaço da cabeça dos estudantes – facto triste e perigoso a que se deve dar atenção.
 

 

Fontes: http://www.blogdomata.blogspot.com/

http://www.jornalmudardevida.net/?p=1287

 

Parte do texto da JCP:

 

http://www.jcp-pt.org/noticias.php?id=420&categoria=3&categoria2=0&categoria3=0

 

No contexto deste Regime Jurídico, verifica-se que em vários dos novos estatutos criados encontram-se restrições relativamente a actividades académicas, como a praxe, nomeadamente no que diz respeito ao seu tempo de duração e aos locais em que pode ser feito, que em algumas instituições acaba por ser a maior parte do seu espaço. Segundo o que está estipulado, a frequência às aulas não pode ser posta em causa para a realização destas actividades. Em caso de não cumprimento, os estudantes estão sujeitos a processos disciplinares. A JCP considera que tais restrições são uma ingerência na vida dos estudantes, e que é a eles que cabe as decisões no que diz respeito às suas actividades académicas.

 

A JCP apela a que os estudantes se unam na luta contra este Regime Jurídico

Alternativas

04.10.08

Comunicado da Alternativa Libertária

 

«Anos consecutivos de praxe violenta, humilhante e sexista deitam por terra os esforços dos defensores da praxe, apresentada como uma forma tradicional de integração. Nada podia ser mais falso, a praxe nos moldes em que existe na maior parte das universidades de Portugal é uma espécie de violência doméstica tolerada e que tem como objectivo a subserviência dos caloiros (considerados como inferiores) aos seus colegas mais velhos, veteranos ou não (considerados superiores). Toda uma panóplia de alarvidades teóricas baseadas em princípios medievais são a fonte de inspiração de quem praxa: fazer e ter amigos é a mais comum.
Não é preciso pensar muito para chegar a uma conclusão simples, se para ter 'amigos' tenho que me sujeitar a coisas degradantes como simular sexo, comer merda, ser pintado ou dizer de joelhos 'caloiro é pior que cão', prefiro não ter esses 'amigos' e ter outros que não estabeleçam uma 'amizade' depois de me humilharem.
Portugal é um país de modas, a praxe é uma moda e não uma tradição.Se há tradição de praxe apenas pode ser remetida para o caso de Coimbra. No entanto, o argumento de tradição (embora seja uma invenção) por si só também não convence. Existem boas e más tradições, tal como existem bons e maus costumes e a praxe a par do bullyng é um mau costume e algo a que nos devemos opôr totalmente.
A praxe já matou, a praxe já violou, a praxe já deixou marcas para toda a vida como amputações de membros e marcas psicológicas profundas. A praxe anula o sentimento académico de igualdade e união e incentiva o circo foclórico labrego, vazio de espírito crítico. Não é por acaso que as Associações de Estudantes de Portugal são as menos activas da Europa e só se preocupam com festas, galas,praxes e carreirismo politico.
Por estas razões apelamos a todas caloiros que rejeitem a hierarquia imposta por quem é igual a vocês. Apelamos ao boicote e à denúncia daquilo que é a tortura instutucional da praxe.»

Alternativa-libertaria@riseup.net

 

http://blogdomata.blogspot.com/2008/10/comunicado-da-alternativa-libertria.html

 

Blogues comentam praxes

23.05.08

Blogues comentam notícia "Tribunal condena praxes..."

 

·         Talvez aprendam 

Já por várias veses escrevi sobre as praxes e sobre o meu desagrado pelo modo que muitas delas são  ...

·         Tribunal multa comissão de praxes da Escola Superior Agrária de Santarém  

O Tribunal de Santarém condenou hoje os sete membros da comissão de praxes da Escola Superior Agrári...

·         Praxes multadas  

Numa decisão inédita em Portugal, o Tribunal de Santarém multou os membros da Comissão de Praxes da ...

·         Barbárie punida com multas  

Pese embora a extrema leveza da pena, fica pelo menos a condenação: Tribunal multa comissão de praxe...

·         Aplauso!, apesar de ainda ser pouco. Assim fosse o início do fim dessa ritualidade abjecta e animalesca. 

Nenhuma tara justifica praxes ou tradições. Só a estupidez. http://www.antipodas.web.pt/

·         Penas pedagógicas? 

7 membros da comissão de praxe da Escola Superior Agrária de Santarém, depois de provado em Tribunal...

·         Fará jurisprudência? 

«O Tribunal de Santarém condenou hoje os sete membros da comissão de praxes da Escola Superior Agrár...

·         Tribunal multa comissão de praxes da Escola Superior Agrária de Santarém 

O Tribunal de Santarém condenou hoje os sete membros da comissão de praxes da Escola Superior Agrári...

·         Dizem que são praxes... 

Aparece hoje na imprensa que o Tribunal de Santarém condenou sete indivíduos devido a praxes académi...

·         E se deixassem de fazer o que eles dizem? 

Sempre achei parvas as praxes. Parvas, e estúpidas. Hoje, uma colega viu ganhar em tribunal uma acçã...

·         Tribunal multa comissão de praxes da Escola Superior Agrária de Santarém 

Cometário que fiz a uma noticia do Público On-linehttp://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=...

·         Excesso de praxe deu condenações  

Os excessos das praxes académicas conheceram, finalmente, uma condenação. É que excessos são excesso...

·         Condenação da "praxe" 

"O tribunal de Santarém condenou hoje os sete membros da comissão de praxes da Escola Superior Agrár...

 

Dura Praxis

16.11.07

http://avenidacentral.blogspot.com/2007/11/dura-praxis-sed-lex_16.html 

16 Novembro, 2007

Dura Praxis, Sed Lex?

Esta imagem, captada nas imediações da Universidade do Minho em pleno mês de Novembro, relançou o debate em torno da praxe. O facto da adesão à praxe ser voluntária não a isenta de perversidades que importa denunciar:
1. Hierarquia anti-democrática e contrária aos valores da Universidade;
2. Instrumentalização dos caloiros nas Assembleias Gerais e Eleições das Associações de Estudantes;
3. Utilização da posição na hierarquia da praxe para garantir lugares nos órgãos de governo das Associações e das próprias Universidades;
4. Usurpação de símbolos e lugares que representam todos os estudantes (são exemplos os bares académicos e o traje que os códigos de praxe tornam exclusivos para os praxados);
5. Intimação à declaração de anti-praxe e ameaça de exclusão por parte dos colegas no caso da adopção desse estatuto.
Por muito que se goste, não se podem branquear estes factos. Praxe não é Lei. Felizmente.

Tempo de Praxe

15.10.07

Domingo, Outubro 14, 2007

É tempo de praxe
Todos os anos por esta época as universidades portuguesas enchem-se de estudantes que fazem coisas ridículas sob orientação dos seus colegas mais velhos. Esta semana cruzei-me em Aveiro com um longa bicha de caloiros que vinham da ria acartando nas mãos, debaixo do sol, sacos plásticos cheios de lodo. Presumo que a intenção fosse levar aquela porcaria para a Universidade. Em Coimbra, ao pé da escadaria monumental, passei por um estudante com o traje académico que era escoltado ao caminhar por quatro colegas recém-chegados à capital da cultura universitária que o rodeavam de braços estendidos no ar agarrando a capa dele sobre a sua insigne cabeça para que esta não apanhasse sol de mais. Suponho que teria medo que o pequeno cérebro derretesse.
Chamam a isto a praxe, e a justificação dada para que os colegas mais novos se tenham de lhe submeter é a necessidade de “integração”. Só há integração para quem não fizer ondas e aceitar com humildade os tratos de polé. Os caloiros são mandados fazer figura de urso para se poderem integrar, com a promessa de que um dia também poderão ser superiores prepotentes e terão enfim o direito de mandar uma nova geração de inferiores (caloiros/lamas/lodos) fazer por sua vez figuras tristes. É a apologia da humilhação como estratégia pedagógica.
Dizem os praxistas que é bom como aprendizagem para a vida, como preparação para o mundo. Aprende-se assim a respeitar a hierarquia, preparam-se os jovens para um modelo de relações profissionais baseado não no respeito mútuo, mas nas pequeninas e mesquinhas maneiras quotidianas de lembrar quem é o superior. Um modelo onde pouco conta o mérito, onde as ideias novas ou diferentes são malvistas, no qual importante é saber lamber as botas de algum cacique. Aprende-se a obedecer sem questionar. Para que se perpetue uma cultura que promove o medo de ser o destravado da língua que comete a heresia de dizer que o rei vai nu. E que é saneado pela ousadia. A praxe é um reflexo do triste país que temos, portugalzinho no seu pior.
jpesperanca.blogspot.com
Publicada por João Paulo Esperança em 
in
Hanoin Oin-Oin  (jp

jpespesperanca