Há uma tentativa, espero que não conseguida, de lavar e legitimar as praxes. Esta ideia, de solidariedade forçada ("Uma acção, em forma de praxe,") não é inédita da academia de Bragança. Os ex.mos ditos veteranos, auto-denominados durante os rituais engenheiros ou doutores ainda sem o serem, poderiam dar o exemplo e mostrar a sua autêntica genuinidade solidária. "Vejam, caros novos alunos, aqui nós somos solidários. No próximo ano repitam o nosso exemplo".
Agora, estas ideias luminosas dispensam-se. Tenham a caução de quem tiverem.
Haverá outro nome para este acto que não seja praxe (solidária) forçada?
Será possível ser solidário à força?
O que pelos vistos é possível é manter as imaculadas praxes com a caução dos mais incautos e de muitos outros iliteratos. É pena...
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Caloiros do IPB ao lado de Rosa Mota em corrida solidária
Cerca de mil estudantes do Instituto Politécnico de Bragança participaram ontem à noite numa corrida solidária que contou com a participação da campeã olímpica de maratona, Rosa Mota.
Uma acção, em forma de praxe, que marcou o inicio da semana do caloiro do IPB.
As inscrições eram feitas em forma de donativos alimentares que vão reverter a favor de instituições particulares de solidariedade social da cidade de Bragança.
Bruno Miranda, o presidente da Associação Académica do IPB, explica o objectivo que o objectivo desta corrida passa por “acariciar e dar mais apoio às instituições de Bragança”.
Já os donativos recolhidos vão ser entregues a instituições como o Patronato, a Igreja dos Santos Mártires, APADI, obra do Padre Miguel, entre outros.
Rosa Mota que marcou presença, considerou a iniciativa um exemplo de solidariedade e um incentivo aos jovens para praticarem desporto. “Espero que esta caminhada seja um incentivo para eles para continuarem afazer exercício no seu dia a dia”, disse ao mesmo tempo que sublinhava que “quando estamos a fazer uma acção desportiva a pensar nos outros ainda dá mais gozo fazer desporto”.
Os caloiros que ontem correram nesta praxe salientaram a vertente solidária da iniciativa. “Somos boas pessoas e queremos, acima de tudo, ajudar”, diziam. “Trouxemos roupa e leite”, exemplificavam alguns alunos.
No entanto também participaram nesta corrida cidadãos que acabaram por ficar com outra ideia do que são as praxes. “Ao contrário que se pensa das praxes acho que foi uma ideia muito boa, ficámos com outra ideia”, revelou uma participante à Brigantia.
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Rádio Brigantia www.brigantia.pt
Última actualização: 23-10-2008 08:59
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Mural na FMDUL - Publicado no blog do M.A.T.A.