Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

21
Set 20

"Como é bem conhecido, o ingresso no ensino superior tem ainda incluído, nalguns poucos casos, práticas contrárias aos ideais de liberdade, respeito e livre-arbítrio dos jovens”, escreveu o ministro na missiva esta segunda-feira divulgada.

 

Manuel Heitor acrescentou ainda que as manifestações de “abuso, humilhação e subserviência” que, “em certos momentos, têm ocorrido sob o rótulo de praxes académicas”, dentro das instituições ou no espaço público, “prejudicam a credibilidade do ensino superior e conflituam com a missão das instituições e o propósito daqueles que o frequentam”.

 

Para o ministro, que tutela também a Ciência e a Tecnologia, a alegada evocação de “tradições académicas”, não pode confundir-se e muito menos legitimar “ações de humilhação”, desrespeitando e afetando a liberdade e a autoestima dos mais novos.

 

Não é admissível assistir passivamente a situações que configurem ações de humilhação e à ocorrência de cenários degradantes que sujeitam os estudantes e envergonham a comunidade académica”, frisou o ministro.

 

Manuel Heitor defendeu, assim, que ações e situações que violentem e prejudiquem a integração digna dos estudantes no ensino superior devem ser combatidas por todos: estudantes, professores e, “muito especialmente”, por todos os responsáveis estudantis e dirigentes por instituições politécnicas e universitárias, independentemente do local onde acontecem.

 

https://www.dn.pt/pais/praxes-ministro-pede-fim-de-situacoes-de-abuso-e-respeito-pelas-regras-anti-covid-12745406.html

publicado por contracorrente às 23:30

14
Dez 18

Certo é que na tropa não se brinca. Quando há comportamentos considerados desviantes a actuação é rápida.

Poderia servir de exemplo a tantos outros dirigentes e outros tantos indiferentes, coniventes por cumplicidade com estas práticas.

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"Tortura do sono" e "sacos na cabeça". Denúncia de praxes violentas na Escola Naval

Marinha nega haver "qualquer indício de práticas contrárias" aos valores e regras da Escola Naval após ter realizado averiguação interna. Como medida preventiva, restringiu os contactos entre os cadetes do 1.º ano e os restantes.

https://www.dn.pt/edicao-do-dia/13-dez-2018/interior/tortura-do-sono-e-sacos-na-cabeca-denuncia-de-praxes-violentas-na-escola-naval-10311335.html?target=conteudo_fechado


Tortura do sono, água fria e sacos na cabeça. Denúncias de praxe violenta na Escola Naval
13 de DEZEMBRO de 2018 - 08:32

Desde serem deixados nus na parada, colocados em tanques de água fria durante a noite, andarem com sacos amarrados à cabeça e serem objeto de tortura do sono.

https://www.tsf.pt/sociedade/interior/tortura-do-sono-agua-fria-e-sacos-na-cabeca-denuncias-de-praxe-violenta-na-escola-naval-10316460.html

 

 

publicado por contracorrente às 01:06

01
Nov 18

Nudez e gelo na praxe: denúncia de sete caloiras leva a inquérito na ESEC

Duas cartas anónimas, subscritas por sete alunas do primeiro ano da Escola Superior de Educação de Coimbra, foram enviadas à Associação de Estudantes a denunciar situações abusivas durante um evento de praxe

 2018-10-31 17:48 João G. Oliveira

https://tvi24.iol.pt/sociedade/escola-superior-de-educacao-de-coimbra/nudez-e-gelo-na-praxe-denuncia-de-sete-caloiras-leva-a-inquerito-na-esec


Diogo Picão é o Mocho Real, o líder da Real Tertúlia Bubones. Contactado pela TVI, o aluno de Desporto e Lazer confirmou que teve conhecimento das duas cartas, mas afirmou-se "de consciência tranquila".

"Estamos de consciência tranquila com o trabalho que fazemos durante a semana de receção aos caloiros".

Rui Antunes, presidente da Escola Superior de Educação de Coimbra, nomeou "uma comissão de inquérito, [que apresentará resultados] em 90 dias.

 

Aberto inquérito a praxe abusiva em Coimbra com nudez e agressão
https://www.dn.pt/pais/interior/aberto-inquerito-a-praxe-abusiva-em-coimbra-com-nudez-e-agressao-10123687.html

Denúncias por carta alertaram a Escola Superior de Educação de Coimbra que está a averiguar. O Bloco de Esquerda enviou já ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior um conjunto de questões sobre a realização da praxe "particularmente abusiva", no dia 13 de setembro, na ESEC.

publicado por contracorrente às 22:38

05
Set 17

E continuamos nisto, de solidariedade forçada, solidariedade praxada.

 

Praxe? Caloiros da Católica vão apanhar batatas nos campos da Golegã
https://www.agroportal.pt/praxe-caloiros-da-catolica-vao-apanhar-batatas-nos-campos-da-golega/
No próximo dia 6 de Setembro, a Agromais e Agrotejo vão receber nos campos da Golegã, pelo terceiro ano consecutivo, 150 caloiros da Universidade Católica Lisbon School of Business & Economics, em mais uma acção do projecto Restolho.

 

Actualização:

http://www.tvi24.iol.pt/videos/sociedade/caloiros-da-catolica-foram-apanhar-batatas-para-a-golega/59b0676e0cf21bc11573dfc9

http://www.dn.pt/lusa/interior/cento-e-cinquenta-caloiros-apanham-batata-em-praxe-solidaria-na-golega-8749150.html

 

E mais:


Nesta "praxe" os caloiros pintam muros e recuperam hortas
http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/nesta-praxe-os-caloiros-pintam-muros-e-recuperam-hortas
Noventa e cinco caloiros do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) pintaram muros, limparam quintais e recuperaram hortas no bairro Padre Cruz, em Lisboa, no âmbito do programa de receção e de integração dos novos alunos.

Pelo quarto ano consecutivo, o ISCTE realiza a receção de novos estudantes com um programa denominado “IULCOME”, que segundo a pró-reitora, Susana Fonseca, visa promover a integração dos jovens que ingressam nas 16 licenciaturas da instituição.

 

Caloiros da Universidade do Algarve limpam a Ria Formosa em praxe ambiental
Por Sul Informação • 20 de Setembro de 2017 - 11:35

http://www.sulinformacao.pt/2017/09/caloiros-da-universidade-do-algarve-limpam-a-ria-formosa-em-praxe-ambiental/

 

Portalegre: Praxe académica ajuda instituições sociais da cidade
Publicado em 21-09-2017

http://www.radioportalegre.pt/index.php/8-radio/8114-portalegre-praxe-academica-ajuda-instituicoes-sociais-da-cidade-c-som.html


06
Mar 17

Antes de qualquer equívoco: um elogio claro aos autores deste estudo e mais ainda a quem teve a coragem pessoal e política de o promover.

E desta coragem, de afrontar uma (vergonhosa) maioria institucional que as legitima, dão bem conta o título de algumas notícias que abaixo reproduzimos, a que prometemos voltar após leitura das 273 páginas deste estudo.

Um estudo que vem dar substância ou confirmar o que já antes tinhamos aqui escrito (21.Jan.2017). A maioria das instituições dão cobertura, apoio e são cumplices destas actividades. Entendemos que por duas razões: ignorância e negligência.

Dispensamo-nos de as justificar, os factos dão-lhe consistência.

E o estudo apresentado hoje vem nessa linha. Acrescentando outros detalhes a esta (demasiado) longa história.

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Universidades legitimam praxe, conclui estudo pedido pelo Governo

Maioria das instituições admite estas práticas dentro das suas instalações e reúne-se com as comissões de praxe. Relatório defende revisão dos regulamentos internos, mas diz que não há necessidade de mudar a lei para lidar com os abusos.
https://www.publico.pt/2017/03/06/sociedade/noticia/universidades-legitimam-praxe-conclui-estudo-pedido-pelo-governo-1764015

Maiorias das universidades não vê ilegalidade nas praxes
Um estudo apresentado esta segunda-feira sobre as praxes académicas conclui que as instituições de ensino avalizam estas práticas.
https://www.rtp.pt/noticias/pais/maiorias-das-universidades-nao-veem-ilegalidade-nas-praxes_a986949

Governo pressionado a bloquear fundos a associações de estudantes
 "Parto do princípio de que nem há esse financiamento. Eu próprio tenho pedido e solicitado [que não exista apoio formal]. Já escrevi a todos os reitores, ao conselho de reitores, parto do principio de que as instituições não reconhecem a existência de comissões de praxe." [Manuel Heitor, Ministro]

83% [das instituições] confirmam apoios formais.


http://www.dn.pt/portugal/interior/governo-pressionado-a-bloquear-fundos-a-associacoes-de-estudantes-5706826.html

"A Praxe como fenómeno social”
Promovido pela própria Direção Geral do Ensino Superior, o estudo “A Praxe Como Fenómeno Social” foi coordenado por João Teixeira Lopes (ISUP e FLUP) e João Sebastião (CIES) e teve como principal objetivo compreender o fenómeno da praxe académica em profundidade, privilegiando-se a interpretação dos significados que diversos atores do sistema de ensino superior (estudantes, dirigentes associativos e dirigentes das instituições de ensino) atribuem ao fenómeno.

https://www.dges.gov.pt/pt/noticia/apresentacao-e-debate-do-estudo-praxe-como-fenomeno-social

O estudo "A Praxe como fenómeno social” pode ser visualizado aqui.
http://www.dges.gov.pt/sites/default/files/naipa/a_praxe_como_fenomeno_social.pdf

Investigadores aconselham Governo a fazer relatório anual sobre praxes
http://www.acorianooriental.pt/noticia/investigadores-aconselham-governo-a-fazer-relatorio-anual-sobre-praxes

DGES apresenta estudo nacional sobre a praxe
http://www.comumonline.com/?p=18856

Estudo pede criação de linha para apoiar vítimas de praxe violenta
O mesmo documento recomenda que seja impedido o financiamento público de actividades de praxe académica
http://www.sabado.pt/vida/detalhe/estudo-pede-criacao-de-linha-para-apoiar-vitimas-de-praxe-violenta

Governo deve garantir isenção de custas judiciais a estudantes alvo de praxes abusivas

http://24.sapo.pt/noticias/nacional/artigo/governo-deve-garantir-isencao-de-custas-judiciais-a-estudantes-alvo-de-praxes-abusivas-estudo_22040863.html


24
Set 16

Salvo seja.

Não é preciso ir a Braga ou Bragança, para ver que as boas recomendações do Ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, são tábua rasa. E de como as boas intenções superiores são, criminalmente no caso, ignoradas pelas bases.

Mérito não tira a quem tem boa intenção, bem pelo contrário. Mas antes nos faz questionar sobre os valores de um grupo de estudantes, apesar de tudo minoritário, que toma de assalto o início de ano das academias.

 

O praxódromo de Lisboa é o jardim do Campo Grande
http://www.dn.pt/sociedade/interior/o-praxodromo-de-lisboa-e-o-jardim-do-campo-grande-5405838.html

Rute Coelho, 24 DE SETEMBRO DE 2016, 01:35

Com a Cidade Universitária de um lado, a Universidade Lusófona do outro e ainda a proximidade de outras universidades, como o ISCTE, o Jardim do Campo Grande, em Lisboa, é por estes dias de arranque do ano escolar um gigantesco praxódromo.
[...] indiferentes aos apelos do Governo para se combaterem as praxes que humilham.

"Vão ser batizados aqui com a água do lago", explicava ao DN João Antão, de 19 anos, membro da comissão de praxes do curso de Engenharia de Telecomunicações e Informática (ETI) do ISCTE.

Entre gargalhadas, palmas, saltos e gritos de "ETI", João Antão e João Cardoso lá vinham garantir em apartes que "as praxes do ISCTE não têm má fama" e "os caloiros não são obrigados a nada".

No Jardim do Campo Grande tem-se logo uma ideia dessa dimensão. Um grupo de raparigas do curso de Direito da Universidade Clássica de Lisboa descansava na relva com uns copos de cerveja comprados a 50 cêntimos cada, antes das tradicionais praxes que iam fazer aos caloiros. Beatriz Pires, do 3º ano de Direito, serviu de porta-voz do grupo: "Vamos para o Rossio batizar os caloiros na fonte."

publicado por contracorrente às 05:57

15
Set 16

Que precisam de fazer escola. Servir de exemplo.

 

O combate tem que ser de natureza cultural, de mudança de mentalidade
Camilo Soldado, 15/09/2016 - 09:32

https://www.publico.pt/sociedade/noticia/o-combate-tem-que-ser-de-natureza-cultural-de-mudanca-de-mentalidade-1744140#
Três perguntas a Miguel Cardina [investigador do Centro de Estudos Sociais]

 

Quando a alternativa parte dos estudantes
Camilo Soldado, 15/09/2016 - 09:33
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/quando-a-alternativa-parte-dos-estudantes-1744143
Em Lisboa é o primeiro ano, em Coimbra já vai na terceira edição. Grupos de estudantes organizam-se para receber os novos colegas sem hierarquias.
Em Coimbra e Lisboa, estudantes criaram alternativas à praxe e ajudam a integrar os novos alunos

o Cria’ctividade apresenta em Coimbra um programa com actividades culturais, desportivas e debates para evitar “o monopólio” da praxe.

https://www.facebook.com/coimbracriactiva

Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa surgiu este ano um projecto semelhante ao de Coimbra. O AlternAtiva está a ajudar a integrar os novos estudantes pela primeira vez e define-se como “uma alternativa à praxe”

https://www.facebook.com/mov.altern.ativa2016/

https://www.facebook.com/AlternAtivaFMV

 

Apresentada a Praxe+, que propõe a integração dos alunos com ciência e cultura
http://www.dn.pt/portugal/interior/apresentada-apraxe-que-propoe-a-integracao-dos-alunos-com-ciencia-e-cultura-5388410.html
O programa pretende apoiar a integração dos novos alunos no ensino superior com ciência e cultura para respeitar a autonomia pessoal e desenvolver o sentido crítico dos estudantes

 

PRAXE + VAI INTEGRAR ALUNOS COM CIÊNCIA E CULTURA

http://informacao.canalsuperior.pt/noticia/21015#anchor

Ontem, foi apresentado o novo programa da Ciência Viva para a integração dos novos estudantes universitários. O Praxe + quer promover a cultura científica.

publicado por contracorrente às 13:19

01
Ago 16

Louvável, clara e corajosa a atitude do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Do pouco que conhecemos, não é propriamente uma pessoa com papas na língua ou alinhado com o políticamente correcto.

Mas não acreditamos que encontre eco e dirigentes das instituições à sua altura.

Com honrosas e notadas excepções.

Apesar de acharmos que se há lugar onde o exemplo deve vir de cima é justamente no ensino, somos cépticos.

O Ministro quer mas a obra não nasce. Até ver.


Ministro quer universidades a combater comissões de praxes
http://www.dn.pt/portugal/interior/ministro-quer-universidades-a-combater-comissoes-de-praxes-5315599.html
Manuel Heitor, responsável pela pasta do Ensino Superior, diz ser "inadmissível" o poder destes órgãos. Avisa que não basta proibir as praxes nas escolas

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, defende, em declarações ao DN, que os órgãos de gestão das universidades e institutos politécnicos, bem como as associações estudantis, "devem combater as comissões de praxes e a sua prática interna", criticando o poder e o estatuto que estes grupos de estudantes têm em algumas instituições. [...] e assumindo que "há muitas zonas e meios socioeconómicos do país que apoiam a praxe".
"Vou escrever, no início de setembro, a todos os dirigentes estudantis, a condenar o uso da praxe e a pedir para não valorizarem qualquer relacionamento com as estruturas que se têm organizado dentro das instituições e para as combaterem".

O governo encarregou um grupo de trabalho, liderado por João Teixeira Lopes (Universidade do Porto), e por João Sebastião (ISCTE) de realizar o primeiro estudo de dimensão nacional sobre o fenómeno das praxes.

 

Governo quer intensificar guerra às comissões de praxe

Os órgãos de gestão das universidades e politécnicos em Portugal "devem combater as comissões de praxe e a sua prática interna". O mote é lançado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, na edição desta segunda-feira do "Diário de Notícias", onde deixa clara a orientação do Governo para que se intensifique a censura às praxes e ao poder das comissões que as coordenam.

"Não é aceitável que um presidente de uma associação de estudantes esteja sentado numa tribuna [durante um desfile académico] ao lado de um presidente de uma comissão de praxes", exemplifica Manuel Heitor ao "DN", antes de apelar a que se desmontem as "redes" que incluem alunos que não têm qualquer ligação direta com órgãos representativos legítimos das universidades ou politécnicos.

http://expresso.sapo.pt/revista-de-imprensa/2016-08-01-Governo-quer-intensificar-guerra-as-comissoes-de-praxe


17
Jun 16

Ou de cursos, com ou sem murros. Certo é o que o muro caiu e matou.

Podia ter sido numa outra qualquer data. Mas é uma triste ironia acontecer numa das poucas universidades onde o Reitor tem uma posição clara e inequívoca sobre este tipo de actos de suposta diversão.

 

"O muro que em abril de 2014 caiu, provocando a morte a três estudantes da Universidade do Minho, durante os festejos de uma vitória numa "guerra de cursos", ruiu "em poucos segundos", afirmaram hoje os quatro colegas das vítimas arguidos no processo."

http://www.dn.pt/sociedade/interior/muro-que-caiu-sobre-estudantes-em-braga-ruiu-em-poucos-segundos-5232325.html

publicado por contracorrente às 00:08

08
Abr 16

E agora não seria de acabar também com o cerco às pessoas, aos novos alunos?!...

 

"Acabou-se com a parte violenta da Garraiada", salientou João Luís Jesus, dux veteranorum do Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra

No entanto, sublinha João Luís Jesus, serão "introduzidas regras" para que não haja "tantos estudantes de volta do animal", protegendo "ao máximo" o garraio e garantindo "o mínimo de contacto".

http://www.dn.pt/sociedade/interior/forcados-toureiros-e-bandarilheiros-retirados-da-garraiada-de-coimbra-5116917.html

publicado por contracorrente às 19:38

05
Mar 15

A única certeza, até à data, é a morte. Que de forma não inédita marca estes rituais.

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Dux da Lusófona não vai ser julgado pelas mortes no Meco.
Famílias das vítimas admitem levar o caso até ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
http://expresso.sapo.pt/dux-da-lusofona-nao-vai-ser-julgado-pelas-mortes-no-meco-juiz-nao-houve-comportamento-tiranico=f913453

Tribunal não encontra crime nas seis mortes do Meco
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4434089
Juiz de instrução de Setúbal decidiu arquivar o processo da morte dos seis jovens na Praia do Meco, a 15 de dezembro de 2013 e não leva o único sobrevivente, João Gouveia, a julgamento.


15
Out 14

Diz-se que a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima.

Na impossibilidade de recuperar os jovens tragicamente desaparecidos espera-se que pelo menos se lhe faça justiça.

 

Caso do Meco foi reaberto

Ana Henriques 15/10/2014 - 12:31

Juiz do Tribunal de Setúbal aceitou pedido do advogado das famílias dos jovens que morreram.http://www.publico.pt/sociedade/noticia/caso-do-meco-foi-reaberto-1672954

 

PGR confirma que Dux é arguido no caso do Meco
por Filipa Ambrósio de Sousa

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4180977

 

Aluna que escreveu que dux estaria com “sede de praxar” vai ser ouvida
Maria João Lopes 18/10/2014 - 21:03
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/aluna-que-escreveu-que-dux-estaria-com-sede-de-praxar-vai-ser-ouvida-1673392
A 20 de Novembro deverão ser ouvidas quatro novas testemunhas no caso do Meco, que foi reaberto

Uma estudante da Universidade Lusófona que terá trocado uma mensagem com um colega, escrevendo que o dux João Gouveia estaria com “sede de praxar” vai ser ouvida no Tribunal de Setúbal, ao que tudo indica a 20 de Novembro. (...) Segundo o despacho, os familiares querem provar “o apoio da universidade à praxe”, a existência de “praxes violentas”

 

 


25
Jul 14

Desde a primeira hora que foi ventilada para a imprensa esta possibilidade, qual balão sonda, para testar as reacções da inerte opinião pública.

Ver arquivo: 04.04.2014; 15.05.2014;

 

E recuperando o escrito pelo repórter do ElPaís a 15.Fev., palavras premonitórias:

"Hace dos semanas, tanto los políticos como la prensa lusa martilleaban sobre la conveniencia o no de prohibir estas prácticas. Ahora da la impresión de que todo el mundo asume que todo vaya a seguir igual".

 

Ministério Público conclui que não houve crime no Meco.
Despacho de arquivamento é divulgado nos próximos dias.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4045945#AreaComentarios

 

Inquérito à tragédia do Meco dá razão à tese de acidente
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/inquerito-a-tragedia-do-meco-da-razao-a-tese-de-acidente-1664179


01
Mar 14

Colégio Militar: Três ex-alunos condenados com pena de multa
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3712832
Três ex-alunos do Colégio Militar foram condenados a penas de multa, por ofensas à integridade física, na sequência da leitura do acórdão. Arguidos condenados a pagar 1050, 600 e 300 euros de multa.

Tribunal condena três ex-alunos do Colégio Militar por ofensas à integridade física
Ana Henriques, 28/02/2014 - 12:10
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/tribunal-condena-tres-exalunos-do-colegio-militar-por-ofensas-a-integridade-fisica-1626558
O Ministério Publico havia pedido, nas alegações finais, a absolvição de cinco dos oito ex-alunos do Colégio Militar acusados de terem agredido com violência colegas mais novos, tendo deixado cair a acusação de maus tratos.

Três ex-alunos do Colégio Militar condenados a multas por ofensas à integridade física
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=688045
O tribunal condenou hoje três dos oito ex-alunos do Colégio Militar ao pagamento de multas por ofensas à integridade física cometidas contra outros três estudantes, no ano letivo de 2006/07 e no início de 2008.


15
Fev 14
No final, que não será breve, veremos.

Desde sempre aqui dissemos que só quando não só os autores materiais mas também os autores morais se sentarem no banco dos réus se poderá fazer com que aqueles que "assobiam para o lado" tomem outra atitude.
Se um professor tem o dever de na sala definir regras de conduta, sob pena de o seu lugar estar em causa, não deverá um reitor ter a obrigação e ser responsabilizado por não cuidar de haver boas regras de conduta no campus?

A possibilidade de um Reitor e um Dux virem a sentar-se no banco dos réus pode alterar o panorama.
Mas no final veremos. Até lá aguarda-se justiça para a trágica morte de seis, seis!, jovens.

Pais das vítimas do Meco apresentam queixa-crime contra Lusófona e dux
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/pais-das-vitimas-do-meco-apresentam-queixacrime-contra-lusofona-e-dux-1623815

Meco: famílias das vítimas vão apresentar queixa-crime contra João Gouveia e universidade
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3687817

Pais de vítimas do Meco processam Dux e Lusófona
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3687886

Pais de jovens que morreram no Meco apresentam queixa-crime contra sobrevivente
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=685396

La policía reconstruye la tragedia de las novatadas universitarias en Portugal
Antonio Jiménez Barca 15 FEB 2014 - 20:16 CET
http://sociedad.elpais.com/sociedad/2014/02/15/actualidad/1392491813_831881.html

Por otro lado, mientras la policía investiga y reúne poco a poco pruebas, el encendido debate sobre este tipo de novatadas, muy extendidas en la universidad portuguesa, desaparece. Hace dos semanas, tanto los políticos como la prensa lusa martilleaban sobre la conveniencia o no de prohibir estas prácticas. Ahora da la impresión de que todo el mundo asume que todo vaya a seguir igual. De hecho, el próximo 21 de febrero hay una manifestación en Lisboa de apoyo a estas prácticas, que muchos defienden por considerar que, convenientemente depuradas, voluntarias y organizadas, sirven para la integración de los universitarios.

04
Fev 14

Com a devida vénia ao autor, aqui utilizada para fins não comerciais.

Cartoon de Luís Afonso (Público, 04.02.2014).

 

GENTE:

Cerca de 30 pessoas junto à Lusófona contra praxes
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3701925
Cerca de 30 pessoas concentraram-se hoje à tarde junto à Universidade Lusófona, em Lisboa, num protesto contra as praxes académicas.
Empunhando cartazes onde podem ler-se frases como "Temos direito a não ser humilhados", "Educação para uma vida de servidão" e "Integração é diferente de submissão", os participantes no protesto, em larga maioria jovens mantiveram-se em silêncio.
Este protesto serve, de acordo com uma das promotoras, como "um alerta à sociedade para um problema que existe dentro das universidades".
"Estamos contra qualquer tipo de praxe que envolva princípios de hierarquia, submissão e obediência, sem reclamação. No fundo, esse é o problema da praxe académica", afirmou Diana Luís, estudante da Universidade de Aveiro, em declarações aos jornalistas.
Convocar o protesto para a porta da Universidade Lusófona, no Campo Grande, não foi casual.
"É simbólico, pelo que se passou no Meco, que se suspeita que esteja relacionado com praxes académicas, e também para chamar a atenção para todas as vítimas que houve antes desta tragédia", referiu Diana Luís.

Diana Luís faz parte de um movimento anti-praxe estudantil formado recentemente, "para colmatar a lacuna que o Movimento Anti Tradição Académica (MATA) e os Antípodas deixaram, quando os seus elementos, naturalmente passando para a vida profissional, os deixaram cair".
No protesto de hoje participou também a deputada do Bloco de Esquerda (BE) Mariana Mortágua, em solidariedade com uma ação "que contribui para alterar esta cultura da praxe".

 

GENTINHA:

Estudantes defendem que praxes criam união e integram
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3701991&seccao=Sul
 Eram mais ou menos 18.00 quando cerca de uma centena de estudantes se concentrou na Praça do Comércio, em Lisboa, para dizer "sim" às praxes académicas. Isto, porque, garantem, ajudam à união e à integração.
Vestidos com os negros trajes académicos, cerca de uma centena de jovens de diversas universidades juntaram-se em torno da estátua equestre de D. José I. Acompanhados da viola, entoaram cânticos académicos e mostraram orgulho no ritual que, dizem, tem por fim dar as boas-vindas e ajudar a integrar os caloiros.
"Queremos demonstrar que a praxe não é algo mau. Ela proporciona um ambiente de união, sem violência ou cariz sexual", explicou aos jornalistas o estudante Frederico Campos, admitindo, no entanto, que por vezes há excessos.

publicado por contracorrente às 20:22

30
Jan 14

Desta vez vamos usar o jargão e prática dos praxantes, "baixar as calças".
É nesta posição que se colocaram os dirigentes das instituições, ao faltar à reunião convocada pelo Ministro.
Está dado o mote, 6 mortes não foram suficientes para acabar com uma prática aviltante.
Seis mortes não foram suficientes para os presidentes dos Politécnicos e Reitores das Universidades assumirem a sua co-responsabilidade.

Se um dia destes os Politécnicos se indignavam, e bem, com a desautorização e incompetência para nas suas Escolas Superiores formarem professores, a verdade é que quando são chamados a encontrar soluções para um problema que claramente interfere na actividade lectiva assobiam para o lado.

O actual Presidente do CCISP, Joaquim Mourato, diz que em Janeiro essa questão não se colocava. Ou seja, falar de incêndios só em Agosto.
E outros lhe seguiram mais ou menos o mesmo tom, com afirmações rídiculas e contraditórias, sobre "a praxe como acto superior de integração".

E ainda claramente expresso neste comunicado assinado do CRUP (aqui).

Enfim, se o ridículo matasse não teríamos apenas a trágica morte dos 6 jovens da Lusófona na Praia do Meco.
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Ministério da Educação e associações de estudantes estiveram reunidos durante a tarde. No final, numa declaração sem direito a perguntas, o assessor do secretário de Estado disse que estão disponíveis para apoiar os estudantes e apelam à denúncia de práticas abusivas.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3660852

 

Associações académicas defendem aprovação de um estatuto do aluno contra praxes violentas
Andreia Sanches 29/01/2014 - 17:10
As praxes são “um exercício de liberdade por parte de estudantes adultos”, afirmam 14 organizações académicas, que se mostram contra uma eventual proibição das mesmas.
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/associacoes-academicas-defendem-aprovacao-de-um-estatuto-do-aluno-contra-praxes-violentas-1621585

publicado por contracorrente às 20:07

28
Jan 14

A universidade forma escravos e opressores
por PEDRO TADEU
A praxe estudantil é sempre violenta. Um homem ser humilhado é um ato de violência. Uma mulher ser humilhada é um ato de violência. Dirão alguns: "Violência? Como? Os praxados estão lá por quererem, por opção própria!" Duvido mas, se assim for, pior é.
Uma instituição capaz de criar um cerimonial de integração cuja resultante deliberada é a aceitação voluntária de castigos e penas, mesmo se aparentemente leves, mesmo se aparentememnte inócuos, é uma organização perversamente violenta.
Esse assassinato do indivíduo será aceitável numa estrutura militar ou policial - institutos de violência estatal onde as pessoas que os compõem têm de responder a exigências excecionais - mas é inaceitável em qualquer outra organização civilizada. É mesmo incompreensível no local onde se procuram criar futuros espíritos livres que, a partir do raciocínio independente sobre o conhecimento adquirido, sejam um dia capazes de ajudar a sociedade.
Os estudantes universitários serão a elite intelectual do País. Pois a primeira coisa que aprendem é a não pensar: obedecer, rastejar, não discutir ordens, não ter amor próprio, não ser gente. Quando, pela passagem do tempo, chegam ao estatuto de praxadores, ensinam-nos então a mandar outros a não pensar e a aceitar, com orgulho, o direito de colocar a pata em cima dos inferiores que rastejam à sua frente.
Este rito mitificado por uma falsa tradição histórica - tirando Coimbra, até aos anos 60, todo o atual mundo de praxes estudantis é uma criação parola iniciada nos anos 80 - é medieval. Este enredo periódico é um anacronismo. Este espírito académico é uma escola de formação de escravos inertes e de ditadores fascistas. Que raio de universidade é esta?

E que sociedade é esta capaz de proibir um pai de dar uma palmada no rabo a uma criança birrenta mas obrigando-o, um dia, a enviar alegremente o seu filho adolescente para uma máquina social de tortura psicológica e física? Que deputados são estes capazes de discutir legislação específica para acabar com o piropo mas, cheios de medo, recusam liminarmente produzir direito limitador das praxes mais violentas? Que autoridades são as nossas que trabalham há sete meses para meter na cadeia um homem que chamou nomes ao Presidente da República mas ficam indiferentes ao crime anual e calendarizado das praxes académicas?
Sei as respostas: afinal, os nossos políticos, as nossas autoridades, quase todos, também um dia aceitaram serem praxados, também um dia aprenderam, rindo alarvemente, a ser escravos ou a ser opressores.
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3654614&seccao=Pedro%20Tadeu&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco

publicado por contracorrente às 13:38

26
Jan 14

Será que o Ministro, à semelhança dos dirigentes das instituições, com a excepção notada do reitor da U. Minho, vai pedir batatinhas aos estudantes?

Não se vergue senhor ministro, fica mal!

 

Crato chama reitores e alunos para discutir praxes
por Ana Bela Ferreira

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3651859

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) chamou "as associações de estudantes dos estabelecimentos de ensino superior, públicos e privados" para uma reunião "sobre praxes académicas", na sequência dos casos do Meco e da Universidade do Minho.

Ministério convoca estudantes e reitores para reunião sobre praxes
Samuel Silva 26/01/2014 - 13:07
http://www.publico.pt/portugal/noticia/ministerio-convoca-estudantes-e-reitores-para-reuniao-sobre-praxes-1621158
Ministério da Educação e Ciência quer debater com alunos e instituições as "melhores formas de prevenir este tipo de situações de extrema gravidade".

publicado por contracorrente às 17:06

25
Jan 14

Em 2012 assinálamos aqui os "Novos ventos: UMinho restringe praxes", e que a pessoa certa no lugar certo faz a diferença, faz absoluta diferença, no caso o reeleito reitor Prof. António Cunha.
Apesar desse esforço, estranhamente único no país, em transformar uma universidade no que deve ser, um espaço de ensino e com dignidade, damos agora conta desta triste notícia. Certamente que a UMinho saberá ser consequente com a postura diferenciadora, de qualidade e rigor que tem assumido.

Praxe amedronta docentes da Universidade do Minho
por Fernanda Câncio

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3650941

Professor de Psicologia enviou e-mail a toda universidade em que se queixa de ter sido humilhado quando tentou intervir numa praxe que considerou abusiva. Presidente da Associação Académica diz querer caso apurado

"Sabes o que é o caralho?" Foi a pergunta que António Rui da Silva Gomes, professor auxiliar do departamento de Psicologia Aplicada da escola de Psicologia da Universidade do Minho (UM), diz ter ouvido de um "praxador" quando na tarde de quinta-feira advertiu os membros de uma praxe de que o que estavam a fazer "não tinha graça e não era permitido na Universidade."
Em resultado, conta num mail anteontem enviado a toda a Universidade, "passei eu a ser o objeto da praxe questionando-me agora a mim o aluno se sabia o que era o que descrevi acima. Fiquei estupefacto com a situação e dirigi-me a ele perguntando-lhe se tinha confiança comigo para me falar daquele modo; ao aproximar-me fui abordado fisicamente por outro aluno, que me agarrou (imagino que a pensar se iria agredir o seu colega, coisa que obviamente não era minha intenção)." Enquanto estava manietado, a pergunta referida ter-lhe-á sido endereçada mais algumas vezes.

 

Professor alvo de praxe na Universidade do Minho
Liliana Abreu Guimarães/Pedro Rothes/Dores Queirós 25 Jan, 2014, 13:58 / atualizado em 25 Jan, 2014, 13:58

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=712192&tm=8&layout=122&visual=61
A Universidade do Minho está a investigar uma ação de praxe que envolveu um professor. O docente do Departamento de Psicologia chamou a atenção para o que considerou ser um excesso de linguagem e os elementos não terão gostado da intervenção do professor. Um segurança foi mesmo chamado ao local.


24
Jan 14

O País a nu, como no Meco
por FERREIRA FERNANDES
Amanhã, os jovens corvos voltarão às ruas. Não se escondem, o fato é comum para todos, preto e sobre ele uma capa pesada, faça sol ou frio. Aqueles fato e capa não escondem, expõem a aceitação da mais bizarra das afirmações: somos manada. Num jovem não seria de esperar rebeldia e inquietude? Ora, ora, talvez agora o padrão seja outro, ser rancho, ser grupo. E de grupo sem mérito nem voo. Ali, naquele país inculto e pobre, anunciar pelo fato e pela batina uma conquista, mesmo patética, já é conquista: olhem, sou estudante universitário! Fica com a taça, jovem corvo.
Entretanto, sobe um patamar e praxa. Isto é, leva a tua ambição ao nível dos fundilhos do teu traje. No começo, obedece e humilha-te. Serás premiado, depois, com mandar e humilhar. Fica-te por aí, rasteiro. De grande, só a colher de pau. Fica-te por aí, és o País. Sem saberes que um só dos teus podia redimir a todos. Um só estudante, bela palavra, no pátio de uma universidade, bela palavra, dizendo as mais certas das palavras para um jovem: não vou por aí.

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3650884&seccao=Ferreira%20Fernandes&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco

publicado por contracorrente às 21:51

Quem tem capa sempre escapa?
por FERREIRA FERNANDES

Agora, quase mês e meio depois, o que choca é o prolongamento do silêncio. Começaram a pingar indícios de que as mortes estão relacionadas com praxes académicas.
Mas a comprovar-se que foram as praxes que levaram os seis para o mar ou perigosamente para junto ao mar, a sentença social só pode ser uma: há que extirpar as imbecis praxes de um lugar, a universidade, feito para cultivar a inteligência.

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3648959&seccao=Ferreira%20Fernandes&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco


Pais de jovens que morreram no Meco reúnem-se este sábado para decidir “próximo passo”
http://www.publico.pt/portugal/noticia/pais-de-jovens-que-morreram-no-meco-vaoreunirse-no-sabado-para-decidir-proximo-passo-1620835
Catarina Gomes
24/01/2014 - 07:34
Conselho de Oficial da Praxe Académica da Universidade Lusófona de Lisboa ainda não deu resposta às perguntas dos pais.
 

Houve apenas um sobrevivente do grupo dos sete que foram passar o fim-de-semana a Aiana de Cima, o então dux do COPA, o chefe máximo da praxe.

 

Vítimas do Meco vistas a rastejar com pedras nos tornozelos
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3648828
por Roberto Dores

Moradores de Aiana de Cima, onde o grupo tinha casa alugada, viram estudantes a serem humilhados e chamaram a atenção. "Isto é uma praxe. Não se meta", foi a resposta.

O relato é feito ao DN por Cidália Almeida, uma das vizinhas de um terreno baldio na rua das Flores, a cerca de 300 metros na casa que tinham arrendado para o fim-de-semana. "Aquilo intrigou-nos tanto, porque ninguém percebia o que estavam ali a fazer sete jovens, com trajes académicos, mas a rastejar pela terra e com pedras presas nos tornozelos."


20
Jan 14

Praxes no PÚBLICO

http://www.publico.pt/praxe-academica

 

Veteranos das universidades demarcam-se de praxes polémicas
http://www.publico.pt/portugal/noticia/veteranos-das-universidades-demarcamse-de-praxes-polemicas-1621332

PJ quer reconstituir tragédia para confrontar sobrevivente
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3654540

Bastonária diz que Emídio Guerreiro fez declarações precipitadas
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3655306

    Dux diz que se fizeram cópias mal feitas daquilo que é a praxe
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3653787

    Universidades "formam cidadãos e não militares"
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3653603

    Faculdade de Ciências do Porto proíbe praxes
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3653565

    O que se passou no Meco "não é praxe académica"
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3653454

    Marcelo compara praxes ao bullying
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=3652752

    "A praxe é uma coisa muito estranha"
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3652311

    Crato chama reitores e alunos para discutir praxes
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3651859

    Pais de vítimas do Meco sem informações do sobrevivente
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3651751


    Família do sobrevivente do Meco conta como foi acidente
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3650799

PJ quer reconstituir tragédia para confrontar sobrevivente
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3654540

 

La policía asocia la muerte de seis jóvenes en Portugal a una novatada

Antonio Jiménez Barca Lisboa 1 FEB 2014 - 17:16 CET
http://sociedad.elpais.com/sociedad/2014/02/01/actualidad/1391271417_298916.html
Esto ha levantado una agria polémica sobre las novatadas, una extendida práctica que prospera en Portugal gracias a la aceptación de gran parte del alumnado, a la permisividad de las autoridades académicas y a la tibieza de los responsables políticos.

Praxes / Novatadas no El País

http://sociedad.elpais.com/tag/novatadas/a/

publicado por contracorrente às 00:44

12
Dez 13

 

"Há alunos que faltam às aulas porque estão na praxe e outros que não vão porque têm medo de ir à praxe", afirmou Catarina Martins, à margem do debate "Sexismo e violência(s) na praxe académica", que se realizou no Teatro da Cerca de São Bernardo.

A coação na praxe é "fortíssima", sendo que esta prática potencia "o conservadorismo, a obediência cega e reproduz modelos de autoridades dominantes. É o poder pelo poder"

 

"A Universidade de Coimbra deveria proibir a praxe, na medida em que é violadora dos direitos a uma boa formação dos alunos", porque estes, segundo Catarina Martins, "são atemorizados".


A antropóloga Cátia Melo, outra das oradoras do debate organizado pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), criticou o facto de a praxe - "uma prática em que o preconceito e a discriminação são exponenciados"


A também membro do núcleo de Coimbra da UMAR considerou que há "assédio sexual", no decorrer da praxe, e que a linguagem usada em canções e palavras de ordem é "extremamente violenta contra a mulher".

 

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3581203&referrer=FooterOJ

 

https://pt-br.facebook.com/events/642331739162649/?ref=22

 

http://weblog.aescoladanoite.pt/?tag=sexismo-e-violencias-na-praxe-academica

publicado por contracorrente às 13:45

20
Set 13

A praxe como fotografia, por JOSÉ MANUEL PUREZA

Agora são os dias em que se veem e ouvem nas ruas da minha cidade - e de muitas outras cidades do País - grupos que invadem o espaço público gritando alarvidades, macaqueando encenações que misturam militarismo e deboche ou exibindo em cortejos e em performances localizadas rituais de humilhação coletiva e de rebaixamento.

Chamam-lhe praxe. E em nome desse nome, a minha cidade - e muitas outras cidades do País - tolera o intolerável: a indignidade.

A praxe é uma fotografia da nossa realidade. É, em primeiro lugar, uma fotografia da universidade. A velha universidade elitista, fechada numa diletante torre de marfim, deu lugar a uma universidade socialmente aberta e massificada em interação com a sociedade no seu todo. Mas os efeitos dessa democratização da universidade no imaginário social esbarraram numa governação da economia e do País que fez dos recibos verdes e da desqualificação do trabalho seus mandamentos supremos. A ligação automática entre universidade e prestígio social tornou-se um mito. A praxe é a resposta boçal a essa perda da capacidade de garantir ascensão social pela universidade. O ritual da entrada no mundo dos sonhos ficou ritual vazio, porque o mundo dos sonhos é pura quimera até se revelar crueldade pura no desemprego, no call center ou na caixa do supermercado. O que aspirava a ser liturgia de início de caminho de promoção tornou-se cerimonial de integração igualizadora numa sociedade sem exigência e sem expectativas. Por isso os "caloiros" gritam, sob a batuta de "doutores" tão marciais quanto ignorantes, que são umas "bestas", uns "vermes" e quejandos. E são-no realmente para a economia e a sociedade. A ponto de o Governo lhes sugerir a emigração como horizonte de futuro. A praxe é a carnavalização pimba da desesperança que hoje habita a universidade.

A praxe é, em segundo lugar, uma fotografia da nossa sociedade. Ela mostra, concentrada no microcosmos da universidade, uma sociedade que cultiva com apavorante facilidade o sexismo, a obediência acrítica às ordens gritadas, a homofobia, a hierarquização social rígida e indiscutida e a apologia do vexame e da desqualificação como códigos do relacionamento social. Uma sociedade sem direitos humanos nem pensamento crítico - eis a sociedade que a praxe revela. Com a agravante de ser uma sociedade convencida da sua bondade integradora.

Se a praxe é uma grotesca fotografia, são as realidades que ela retrata que precisam de ser mudadas. Mudar a universidade, desde logo, assumindo-a como lugar de conhecimento e de ciência e, por isso, de culto da permanente insatisfação com o que está e com o que se herdou, da contínua superação da incultura, do combate à indolência que é a apologia acrítica de todas as tradições inquestionadas. Uma universidade assim, em que tecnologias e humanidades dão as mãos no desenvolvimento de um pensamento crítico, não forma para uma integração obediente em empregos desqualificados e sem direitos, forma, sim, cidadãos inquietos e exigentes. E isso torna-a perigosa aos olhos dos poderes estabelecidos. Porque essa universidade, em que os estudantes exijam horizontes em vez de exibirem boçalmente o seu vazio, questionará até à raiz os mecanismos que geram nela e fora dela o autoritarismo, a discriminação, o sexismo e toda a rasquice elevada a modo de vida triunfante. Ou seja, mudará a sociedade.

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=3430602&seccao=Jos%E9%20Manuel%20Pureza&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco

publicado por contracorrente às 08:14

05
Abr 12

Nuno Crato pede maior civilidade nas praxes

O ministro da Educação, Nuno Crato, considerou hoje lamentáveis os incidentes nas praxes de Coimbra, defendendo que estes comportamentos há muito deveriam ter sido ultrapassados e aconselhando maior civilidade aos estudantes que recebem os caloiros.
Questionado sobre a necessidade de regulação, o ministro disse que esta existe: "Tal como quando vamos na rua temos o direito de não sermos humilhados, também nas escolas existe o mesmo tipo de regulação".
De acordo com Nuno Crato, é preciso "uma cultura diferente" e "uma maior intervenção da parte de todos" para não se repetirem atos violentos nas praxes.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2402982

publicado por contracorrente às 00:11

12
Jan 11

Praxe e Tropa são muitas vezes sinónimos.

Mas aqui destaca-se a rapidez da acção contra actos menos próprios.


Praxe na Academia Militar força internamento de aluna
Exército instaurou processo disciplinar aos alunos responsáveis por caso que "considera grave".
Uma aluna do primeiro ano da Academia Militar (AM) do Exército teve de ser internada na semana passada devido à violência de uma praxe nas instalações da escola na Amadora.
"Foram identificados os responsáveis pela ocorrência, que o Comando do Exército considera grave, tendo sido de imediato instaurado um processo disciplinar contra os mesmos no âmbito do regulamento disciplinar da AM, cuja pena pode ir até à expulsão", confirmou ao DN o porta-voz do ramo.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1754608


21
Out 09

Até das instituições mais herméticas vem um sinal claro de não tolerância frente a abusos que a mais elementar legislação jurídica protege. Perante as evidências viram-se forçados a tomar medidas mais claras.

 

"O Ministério Público acusou oito alunos do Colégio Militar por seis crimes de maus tratos contra colegas mais novos, que aconteceram no interior daquela instituição de ensino. Os incidentes ocorreram no ano lectivo de 2006/07 e no princípio de 2008. Finalistas nesse ano lectivo, os alunos chegaram a ser punidos pelo Colégio, mas conseguiram evitar a expulsão".

 

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1396402&seccao=Sul

 

 

Os resultados da inspecção extraordinária ao funcionamento do Colégio Militar (CM) e do Instituto Militar dos Pupilos do Exército levaram o Governo a pedir medidas urgentes ao Exército, a entidade que tutela aquelas duas instituições de ensino. Diz o Ministério da Defesa que essas medidas são necessárias para salvaguardar, "a todo o momento", o bem-estar e a "integridade física dos jovens alunos confiados à guarda do Estado".

 

http://publico.pt/Sociedade/inspeccao-ao-colegio-militar-e-pupilos-do-exercito-leva-governo-a-exigir-medidas_1406116

publicado por contracorrente às 13:48

04
Jun 08

http://dn.sapo.pt/2008/06/04/sociedade/ministro_denuncia_quem_tolerar_praxe.html

 

Ministro denuncia quem tolerar praxes abusivas


PEDRO SOUSA TAVARES

Ensino superior. Situação é considerada "grave"

Mariano Gago avisou instituições sobre efeitos dos "crimes de omissão"

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior prometeu ontem denunciar ao Ministério Público "todos os casos" de praxes envolvendo humilhações ou situações de violência que cheguem ao seu conhecimento, quer as denúncias tenham partido "das vítimas, das instituições ou dos órgãos de comunicação social". Mariano Gago avisou ainda que, entre os factos que serão encaminhados para a Justiça, incluem-se "os crimes de omissão" cometidos pelas universidades e politécnicos que não actuem quando tiverem conhecimento dos casos.

Remetendo para a Justiça quaisquer acções contra quem tolere estas práticas, Mariano Gago não deixou de lembrar que o Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior (RJIES), que estas estão actualmente a incorporar nos seus estatutos, "obriga à punição" dos autores dos abusos pelos estabelecimentos.

Estas declarações surgiram no final de uma reunião com a Comissão de Educação, Ciência e Cultura, em que o Ministro recebeu um relatório sobre esta matéria do Bloco de Esquerda, divulgado recentemente.

Mariano Gago disse "assinar por baixo" o documento, que, entre outras acções, propõe a criação de uma "linha verde" para apoiar os estudantes vítimas destas situações, e não poupou nos rótulos - "fascismo" foi um deles - para classificar algumas práticas associadas a esta tradição.

"Ano após ano, estão a ficar incapacitados estudantes. E esta é apenas a ponta do icebergue", considerou. "A situação é grave e tem de ser combatida com muita firmeza pela sociedade portuguesa".

O ministro não quis apontar o dedo a nenhuma instituição em concreto, considerando que as visadas "sabem" a que casos se refere, "alguns dos quais deram origem a diligências do Ministério Público.

"O que se espera do ministro"

Contactada pelo DN, Ana Feijão, do Movimento Antitradição Académica, considerou que estes avisos correspondem "ao que se espera do ministro e que, se calhar, se esperava há mais tempo", apesar de reconhecer que Mariano Gago foi "o primeiro governante a assumir publicamente que era contra as praxes. É uma atitude a registar", admitiu.

Quanto ao impacto da mensagem nas instituições, a responsável deste movimento considerou ser "melhor esperar para ver. Com os casos que se tornaram públicos, é óbvio que o comportamento das instituições, que têm uma imagem a defender, já se começou a alterar" considerou, apesar de lamentar que "ainda recentemente, o presidente e uma Faculdade de Ciências tenha aberto o ano académico discursando ao lado do presidente da comissão de praxes".

 

publicado por contracorrente às 07:45

mais sobre mim
“Quando fizermos uma reflexão sobre o nosso séc. XX, não nos parecerão muito graves os feitos dos malvados, mas sim o escandaloso silêncio das pessoas boas." Martin Luther King "O mal não deve ser imputado apenas àqueles que o praticam, mas também àqueles que poderiam tê-lo evitado e não o fizeram." Tucídedes, historiador grego (460 a.c. - 396 a.c.)
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