Isto não se faz a ninguém. E não se faz sobretudo a uma mãe, matar-lhe um filho. Canalhas!
O jornal "i-online" noticia que o médico que denunciou o caso se "suicidou" (ver link no final deste post). A ter sido assim, e sem outros esclarecimentos, isso é de uma extrema gravidade. E porquê um silêncio sepulcral em torno destes acontecimentos?
Não está na nossa matriz acreditar em bruxas, mas que elas andam por aí lá isso andam, a fazer das suas.
A Grande Reportagem de Felícia Cabrita (em 2004), é um verdadeiro murro no estômago.
Ver link no final deste notícia.
----------------------------------------
Praxe: Lusíada tem de pagar 90 mil euros à família de aluno morto
A Universidade Lusíada, de Vila Nova de Famalicão, foi condenada por omissão de acção, no caso da praxe violenta, ocorrida em Outubro de 2001, no seio da tuna académica, e que resultou na morte de Diogo Macedo, de 22 anos, aluno de Arquitectura.
A Universidade Lusíada de Famalicão vai pagar uma indemnização de 90 mil euros à família do jovem universitário que terá morrido na sequência de uma praxe académica, divulgou hoje o Movimento Anti-Tradição Académica (MATA).
O Tribunal Cível de Famalicão responsabilizou a universidade pelo homicídio do Diogo Macedo, em 2001, após ter sido submetido a praxes por parte da tuna a que pertencia.
Para o tribunal, a instituição 'não controlou nem evitou as praxes académicas', diz o MATA num comunicado de imprensa enviado para a Lusa.
'O Tribunal considerou provado que nunca a ré (universidade) teve algum controlo efectivo sobre esse tipo de praxes violentas e humilhantes. Não temos notícia que alguma vez tenha proibido a violência mencionada, aliás os factos apurados mostram a ausência de intervenção', cita o movimento.
O homicídio agora julgado remonta a Outubro de 2001, quando Diogo Macedo era estudante do 4.º ano de Arquitectura e membro da tuna.
Na noite em que o jovem decidiu abandonar a tuna acabaria por falecer devido a lesões cérebro-medulares, 'após acontecimentos ainda por esclarecer', explica o MATA.
De acordo com a associação, a morte começou por ser considerada acidental, mas as suspeitas de um médico do Hospital de S. João fizeram com que mais averiguações fossem efectuadas. A autópsia veio a revelar 'múltiplas escoriações corporais, além da fractura de uma vértebra cervical contraída por agressão e que teria sido a causa da morte'.
Na sequência destes factos, dois elementos da tuna foram constituídos arguidos. Contudo, o processo foi arquivado em 2004 por falta de provas. O MATA lembra que numa das sessões de tribunal em que as testemunhas estavam a ser ouvidas, 'o próprio juiz reconheceu o 'muro de silêncio' que tinha sido criado': era 'uma única versão conjunta de nada'.
Depois do processo-crime seguiu-se o processo cível. A mãe de Diogo Macedo pediu uma indemnização de 210 mil euros à Fundação Minerva, que detém a Universidade Lusíada. O tribunal deu como provada a morte, em consequência de lesões provocadas.
Este e outros dados levaram o Tribunal Cível de Famalicão a dar como provada a morte do estudante, em consequência de uma pancada, alegadamente, desferida durante a praxe.
A notícia mais desenvolvida e comentada no blogue do M.A.T.A.:
http://blogdomata.blogspot.com/2009/09/cominucado-de-imprensa-sobre-decisao-do.html
NA IMPRENSA:
Sol, 27 de Setembro de 2009
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=149223
Correio da Manhã, 26 de Setembro de 2009
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=301BDB21-F57B-4F61-A45A-0C15DD73E8D4&channelid=00000009-0000-0000-0000-000000000009
Correio do Minho
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=14964
Jornal i
Praxe: Lusíada tem de pagar 90 mil euros à família de aluno morto
por Pedro Sales Dias, Publicado em 26 de Setembro de 2009
http://www.ionline.pt/conteudo/24829-praxe-lusiada-tem-pagar-90-mil-euros--familia-aluno-morto
Público
"Condenação da Universidade Lusíada leva MATA a pedir reflexão sobre praxes"
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1402587
NOS ARQUIVOS
A Grande Reportagem de Felícia Cabrita (em 2004), que numa semana investigou mais do que a polícia em 3 anos.
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=149242