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Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Anti-Praxe

Lei n.º 62/2007, art. 75.º n.º 4 b) - Constituem infracção disciplinar dos estudantes: A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».

Ministro sem Sombra

12.07.16

Sem sombra de dúvida e na boa esteira de José Mariano Gago.

Resta esperar, serenamente, que os seus súbditos, Reitores e Presidentes, sigam estas orientações. Já que poucos as sentem ou têm esta clareza.


2016-07-08 às 13:55
PRAXE É «UMA DAS MAIORES PRAGAS QUE TEMOS DE COMBATER»
http://www.portugal.gov.pt/pt/ministerios/mctes/noticias/20160708-mctes-praxes.aspx


O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior afirmou o seu repúdio total pelas praxes académicas e apelou a um combate cerrado a estas práticas de receção aos caloiros das instituições de ensino superior.

«É uma das maiores pragas que temos de combater», disse Manuel Heitor, na abertura de um seminário sobre «Organização e desenvolvimento do ensino superior», na Universidade do Minho, em Braga.

O Ministro disse ainda que apoia «todos aqueles que se têm batido contra a prática de praxes académicas e outras práticas boçais e grosseiras que hoje continuam a ocorrer no contexto do ensino superior em Portugal».

Manuel Heitor acrescentou que vai escrever a todos os responsáveis pelas instituições de enino superior a pedir um combate cerrado às praxes.

«As praxes devem ser combatidas por todos, estudantes, professores e, muito especialmente, por todos os responsáveis por instituições politécnicas e universitárias, independentemente do local da ocorrência», afirmou Manuel Heitor.

O Ministro disse que o sistema de reporte de praxes está acessível na Direção-Geral do Ensino Superior e que todos os processos serão enviados para o Ministério Público. «Porque hoje temos de considerar isso como um crime», disse.

 

Ministro do Ensino Superior expressa "repúdio total" pelas praxes
Lusa, 08/07/2016 - 13:43
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/ministro-do-ensino-superior-expressa-repudio-total-pelas-praxes-academicas-1737692
Manuel Heitor pede um "combate cerrado"a estas práticas académicas.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, expressou nesta sexta-feira, em Braga, o seu "repúdio total" pelas praxes académicas, "qualquer que seja a sua forma", e apelou a um "combate cerrado" àquelas práticas de recepção ao caloiro.

 

Ministro do Ensino Superior sobre praxes: "É uma das maiores pragas que temos de combater"

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/educacao/ministro-do-ensino-superior-sobre-praxes-e-uma-das-maiores-pragas-que-temos-de-combater

 

Ministro quer “combate cerrado” às praxes académicas

http://www.esquerda.net/en/artigo/ministro-quer-combate-cerrado-praxes-academicas/43616

100 Manifesto

06.07.16

Toamamos nota da excepção, o PCP, que aguarda explicação.

E associamo-nos a um gesto óbvio mas sempre necessário e louvável.

Assinamos por baixo este manifesto, que é um gesto. A que estariam obrigados muito dirigentes do ensino dito superior, com a honra devida às excepções, ainda poucas.

Praxe: 100 personalidades pedem às universidades para criarem alternativas
Andreia Sanches, 05/07/2016 - 07:00
https://www.publico.pt/sociedade/noticia/praxe-100-personalidades-pedem-as-universidades-para-criarem-alternativas-1737252
“Em democracia, deve haver sempre lugar à escolha, mas só é possível escolher se houver opção, ou seja, alternativas consistentes”, defende carta aberta.

100 personalidades apelam em carta aberta à criação de alternativas à praxe
05 de JULHO de 2016 - 00:48
http://www.tsf.pt/sociedade/educacao/interior/100-personalidades-apelam-em-carta-aberta-a-criacao-de-alternativas-a-praxe-5266302.html
José Adelino Maltez e Vasco Lourenço são algumas das personalidades que pedem aos dirigentes das instituições do ensino superior que criem "uma alternativa" à praxe.
Entre os subscritores contam-se, entre outros, escritores como Luísa Costa Gomes e Miguel Sousa Tavares, os deputados Paula Teixeira da Cruz (PSD), Alexandre Quintanilha (PS), Teresa Caeiro (CDS-PP) e André Silva (PAN) ou o comentador de política nacional da TSF Pedro Marques Lopes.
O antigo ministro da Saúde e advogado António Arnaut é também um dos subscritores do documento. A atriz Ana Zannatti, a apresentadora Catarina Furtado, o sociólogo André Freire, a viúva do escritor José Saramago, Pilar del Rio, o músico Miguel Guedes e a cineasta Margarida Gil, são também subscritores da petição.

Manual de Instruções para Desobedecer à Praxe

22.10.15

Realizador escreveu manual de instruções para desobedecer à praxe
Andreia Sanches, 22/10/2015 - 08:19

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/realizador-de-praxis-escreveu-manual-de-instrucoes-para-desobedecer-a-praxe-1711924

Bruno Cabral, que realizou o documentário Praxis, e João Mineiro, sociólogo, desmontam argumentos pró-praxe, apelam a reitorias de universidades para que assumam “uma atitude" que não as legitime e desafiam políticos a debater se deve ou não haver criminalização.

Cabe no bolso das calças. Tem uma capa amarela, com uma colher de pau desenhada – a partir-se. Desobedecer à praxe é um livro que vai chegar às livrarias onde se conta resumidamente a história da praxe.

Desde logo que reitorias e órgãos directivos das escolas assumam “institucionalmente uma atitude que não legitime as práticas de praxe, mas antes as desaconselhem”. “Uma instituição de ensino superior que tolera a praxe e reconhece institucionalmente o seu poder está condenada a conceber o espaço da academia como um lugar de resignação.”

O livro será apresentado pela jornalista Diana Andringa nesta quinta às 18h. É uma iniciativa da Cooperativa Cultra, em parceria com a Deriva Editores, e constitui o primeiro pequeno livro de bolso de uma colecção chamada “Cadernos Desobedientes”.

http://p3.publico.pt/cultura/livros/18606/queres-desobedecer-praxes-este-livro-e-para-ti

A mesma música

25.09.15

De Norte a Sul, do Minho ao Algarve, a mesma música.

E ninguém desafina!

Com a conivência e assentimento das instuições que lhes abrem o espaço a esta tocantina.

 

Desde o Meco, há cuidados redobrados nas praxes e veteranos que recusam falar

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/desde-o-meco-ha-cuidados-redobrados-nas-praxes-e-veteranos-que-recusam-falar-1709093?page=2#/follow

Porto - Federação Académica do Porto (FAP), Coimbra - DG/AAC, Minho - Cabido de Cardeais [&etc., etc.], ...

http://www.publico.pt/praxe-academica

Intolerância consequente?

24.09.15

Universidade do Algarve vai averiguar alegada praxe que levou aluna ao hospital

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Educacao/Interior.aspx?content_id=4796514&page=2

O reitor da Universidade do Algarve anunciou, esta quinta-feira, a abertura de um processo de averiguações a uma atividade alegadamente relacionada com praxes académicas, que obrigou a que uma aluna tivesse que ser assistida no hospital.
O caso, que ocorreu na noite de quarta-feira na Praia de Faro, foi relatado ao reitor da academia algarvia pelos pais da aluna, de 19 anos, e que entrou agora para a universidade, o que levou António Branco a decidir instaurar um processo para apurar eventuais responsabilidades disciplinares dos estudantes da universidade envolvidos.
A reitoria já tinha divulgado uma nota interna, a 4 de setembro, que estipula que "não haverá tolerância relativamente a todos os atos de receção dos novos alunos, dentro ou fora dos 'campi' da Universidade do Algarve", que atentem contra os direitos à integridade física e moral, à liberdade e à segurança de qualquer estudante.

 

Praxe deixou caloira da Universidade do Algarve em coma alcoólico
Graça Barbosa Ribeiro e Idálio Revez
24/09/2015 - 11:54
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/praxe-deixou-caloira-da-universidade-do-algarve-em-coma-alcoolico-1708858?frm=pop
Reitor já anunciou que haverá consequências disciplinares para os estudantes envolvidos.

Dezembro Justo

28.12.14

Neste Dezembro que agora termina espera-se que um dia venha a ser justo, que se faça a devida justiça aos pais que perderam os seus filhos e têm direito a uma justiça justa e clara. Que não se esconda em subterfúgios administrativos e tiques corporativos.

Sabendo a "via crucis" que estes pais terão de percorrer para que a tragédia não seja esquecida e branqueada, é o mínimo que se pode pedir. 

 

DOSSIER PÚBLICO.PT

http://www.publico.pt/meco

A vida sem Catarina

É difícil?

30.11.14

É assim tão difícil imitar os bons exemplos?

Se disso não formos capazes continuaremos na idade média dos direitos individuais e colectivos. Com as óbvias implicações na sociedade que teremos amanhã.

Um artigo longo mas simples e incisivo de Julieta Almeida Rodrigues, no jornal Público.

Aqui reproduzido por uma causa cívica e para memória futura. Para que depois não digam que ninguém se deu conta.

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"O dux e os estudantes falecidos da Universidade Lusófona"

O único debate possível sobre este assunto é o debate sobre os limites da liberdade individual.

Permita-me, prezado leitor, que lhe fale de uma questão que conheço de perto: a integração de estudantes que iniciam o seu primeiro ano na universidade de um país estrangeiro.

Candidatura aceite, os novos alunos chegam à universidade – onde frequentemente passam a residir, pois no campus de uma universidade anglo-saxónica situam-se lado a lado edifícios para aulas, centros de investigação e dormitórios com cantinas – para iniciar uma nova vida. Esta vivência tem carácter académico – os professores ensinam, os alunos aprendem –, mas é muito mais. Para o caloiro, é um novo modo de estar no mundo que exige uma postura bem definida. Ao ingressar no campus, os novos alunos terão um confronto súbito com horários exigentes a cumprir; as novas matérias a assimilar exigirão uma maior independência de raciocínio; terão de se adaptar a conviver com colegas de países diferentes e culturas diversas; terão de partilhar quartos e casas de banho com desconhecidos; terão ainda de se movimentar num novo espaço físico, pois muitos optam por estudar num local diferente de onde passaram o ensino secundário.

Alterações que são profundas e terão, necessariamente, impacto não apenas neles, mas também nas famílias.

O que fazem as universidades – as universidades que merecem esse nome, pois são locais de transmissão de conhecimentos adquiridos por toda a humanidade – para integrar, como deve ser, os novos alunos? Algumas designam três dias no início do ano lectivo – três dias – para a integração do corpo discente. Dias em que os caloiros, acompanhados das famílias, dos namorados e namoradas, etc., participam em actividades comuns com vista a uma passagem “suave” – de facto cool – para o novo ambiente estudantil.

O que se faz nestes três dias? De facto, faz-se de tudo um pouco. O Programa de Orientação vai desde sessões de esclarecimento a diversas e inúmeras actividades lúdicas. É atempadamente colocado na Internet, onde são designados os temas a abordar, os respectivos locais de encontro e toda uma gama de espectáculos à disposição. Quem quiser pode levar três dias inteiros a passear-se de um lado para o outro no campus, a conviver saudavelmente, a divertir-se, a decidir quem quer ser. Há espaços para almoçar e jantar: uns são pagos pelos utentes, outros são pagos pela universidade.

Seguem-se alguns exemplos. Os alunos matriculam-se nas cadeiras que desejam frequentar (o leque à escolha é enorme) e vão, concomitantemente, dialogar com os professores que serão os seus supervisores ao longo do ano. Seguem-se as sessões de esclarecimento em que debatem todos os temas que se possa imaginar. Há sessões com um grande número de participantes em que a universidade apresenta, por exemplo, o seu programa desportivo. As sessões com um número reduzido de participantes (12 alunos, os pais, irmão, e namorados/as) têm um enorme interesse. Aí se debatem questões ligadas às cadeiras e às matérias – sempre em diálogo, pois aqui a chamada "conferência" não existe. A saber, por exemplo: o que se passa se o aluno entrega um trabalho copiado da Internet? Poderá ser expulso? Mas estas sessões vão muito para além do debate académico e focam-se em temas de carácter pessoal: desde sexo a drogas, à possibilidade de adquirir um cartão de crédito.

Questões que, à primeira vista, parecerão comezinhas, têm uma importância fundamental. Um caloiro poderá perguntar à mãe (presente na sala) se esta se vai sentir abandonada quando ele lhe disser que em vez de todos os dias apenas pretende, doravante, falar com ela duas vezes por semana. Os pais, por sua vez, têm também imensas perguntas. Que língua deverá o filho/a estudar, se quer um futuro num contexto internacional? Ou: quais são os contactos de emergência que a universidade coloca ao seu dispor?

As questões académicas regem-se pelos estatutos da universidade e o quadro moral de referência é bem delineado. E todos têm oportunidade de o conhecer.

De suma importância é a Associação de Pais, um órgão para o qual o encarregado de educação poderá ser eleito mediante candidatura. Os candidatos estabelecem na Internet uma plataforma de ideias – em que cada um decide os temas em que a universidade poderá melhorar a sua actuação – e, se eleito, fará parte de um órgão académico com voz activa. Uma questão que tem sempre enorme interesse é o número de horas de supervisão semanais a que o aluno tem direito.  

Numa universidade com cerca de 5500 alunos matriculados em licenciaturas, haverá cerca de 1100 novos alunos em cada ano. Todos querem participar, hora a hora, destes três dias. E porquê? Porque é convidativo. Porque é elucidativo. Porque é uma forma de interacção. Para todos – tanto alunos como pais – há interrogações, dúvidas e anseios que necessitam de debate e esclarecimento.

Sabem quem orienta os caloiros e as suas famílias nas sessões cujo número de participantes é restrito? Alunos voluntários de anos mais avançados que são criteriosamente escolhidos e treinados pela própria universidade durante todo um ano lectivo para responder às questões em debate.

Os três dias acabam com um discurso do presidente da universidade – geralmente cheio de humor – em que se colocam os desafios do mundo moderno. Seguem-se diversas sessões de música, teatro ou ballet para acabar esta longa praxe.

O que me leva à questão colocada no título desta crónica, um assunto que tenho seguido com enorme apreensão, embora não conheça nenhum dos visados. Mas tenho visto os pais – e o seu advogado – falar na televisão com uma enorme dignidade. Admiro-lhes a coragem. Vejo aquela dor, reparo no sofrimento. E interrogo-me sempre: o que se passou na praia do Meco naquela noite fatídica?

Fala-se no dux – o único sobrevivente – uma designação que desconheço. Fala-se em praxe. Que praxe? Porque foram os alunos da Universidade Lusófona a meio da noite para uma praia deserta vestidos de capa e batina? A que título? Estariam os alunos de costas voltadas para o mar? Seria o dux o único de frente para o mar – a dirigir uma qualquer operação ignóbil – o que lhe teria dado, talvez, a possibilidade de ver surgir uma grande onda e fugir a tempo?

Li a única entrevista que o dux deu à comunicação social. Nada referiu que ajudasse a desvendar o caso. Nem, ao que sei, falou com as famílias das vítimas, a única conversa que deveria ter tido lugar, à porta fechada, a colmatar a intimidade do desgosto sofrido. Se nada há a esconder, apenas a verdade é fonte de reconforto. Mas o dux decidiu vir para os meios de comunicação social, como que a justificar-se.

Ficam as praxes das universidades portuguesas. Práticas alarves, primitivas, ao pior estilo das touradas. Já vi raparigas de joelhos a mando de um idiota qualquer. Já vi jovens de cabelos compridos, cheios de lama e excrementos, de olhos baixos. Já vi rapazes a serem espezinhados, a sorrir alarvemente.

Para quê? É a isto que se chama em Portugal a integração universitária? O sentimento de pertença a uma universiadade deriva de práticas humilhantes, obsoletas e cruéis? Que profissionais serão estes, no futuro? Em que quadro moral de referência habitam e se movem?

Em conversa recente, perguntei a razão da permissão destas praxes em Portugal. A resposta de um professor universitário foi que as instituições académicas não têm força; que as associações estudantis gostam das praxes. E que os detentores do poder universitário têm medo dos estudantes. Mas medo de quê? Dê acabar com a barbárie? De cercear liberdades?

É que o único debate possível sobre este assunto é o debate sobre os limites da liberdade individual, os condicionalismos a que todos estamos sujeito. E é, acima de tudo, um debate sobre o enquadramento que uma universidade deverá dar aos seus alunos, àqueles que as frequentam.

Ademais, só a verdade sobre o que se passou na praia do Meco servirá a universidade. E a Justiça. Só um tribunal isento permitirá tirar elações transparentes. E só assim poderá a sociedade encerrar este caso.

Muitos de nós estão atentos ao que se está a passar. E às famílias enlutadas, enviamos a nossa mais profunda solidariedade. Que a morte de filhos e filhas dilectos e amados, na flor da vida, não tenha sido em vão.

Investigadora convidada, The New School for Public Engagement, The New School, Nova Iorque, 2014 e 2015

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/o-dux-e-os-estudantes-falecidos-da-universidade-lusofona-1674404?page=2#/follow

A racionalidade bloqueada

23.10.14

A “praxe” e o novo tribalismo
Elísio Estanque 22/10/2014

No comportamento de multidão, a racionalidade individual é esbatida ou bloqueada, enquanto a irracionalidade é multiplicada, criando um efeito mimético que atinge a “multidão”.

(...)

Mais preocupante ainda se imaginarmos que pode haver uma correlação direta entre praxes – caciquismo – seguidismo – associativismo – e aparelhismo ou, pelo menos, esta sequência pode inscrever-se nas trajetórias pessoais dos quadros e dirigentes do futuro.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/a-praxe-e-o-novo-tribalismo-1673627?page=-1

A verdade e o azeite

15.10.14

Diz-se que a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima.

Na impossibilidade de recuperar os jovens tragicamente desaparecidos espera-se que pelo menos se lhe faça justiça.

 

Caso do Meco foi reaberto

Ana Henriques 15/10/2014 - 12:31

Juiz do Tribunal de Setúbal aceitou pedido do advogado das famílias dos jovens que morreram.http://www.publico.pt/sociedade/noticia/caso-do-meco-foi-reaberto-1672954

 

PGR confirma que Dux é arguido no caso do Meco
por Filipa Ambrósio de Sousa

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4180977

 

Aluna que escreveu que dux estaria com “sede de praxar” vai ser ouvida
Maria João Lopes 18/10/2014 - 21:03
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/aluna-que-escreveu-que-dux-estaria-com-sede-de-praxar-vai-ser-ouvida-1673392
A 20 de Novembro deverão ser ouvidas quatro novas testemunhas no caso do Meco, que foi reaberto

Uma estudante da Universidade Lusófona que terá trocado uma mensagem com um colega, escrevendo que o dux João Gouveia estaria com “sede de praxar” vai ser ouvida no Tribunal de Setúbal, ao que tudo indica a 20 de Novembro. (...) Segundo o despacho, os familiares querem provar “o apoio da universidade à praxe”, a existência de “praxes violentas”

 

 

Praxes de Meca...

07.10.14

... para não dizermos outra coisa!

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Jornal Público, 7 de Outubro de 2014

por Francisco Louçã    
Oito estudantes dedicaram-se a uma praxe luminosa: numa minúscula piscina de plástico, com a palavra “Meco” escrita nas bordas, simulavam um mergulho ou, na falta dele, molhavam os pés. São do curso de Engenharia Electrónica do Politécnico de Leiria e, manda a verdade, o facto foi logo repudiado pela direcção da escola e pela associação de estudantes, como deviam. Mas aconteceu, como pode ver na imagem.

No entanto, a imagem engana. Olhe para ela. Vemos os oito estudantes, ar pateta, agarrados uns aos outros, pés na água, a serem gozados a gozar com as vítimas do Meco. Mas não vemos quem os mandou, quem inventou a praxe e quem assistiu ao espectáculo. Vemos a praxe e os praxados mas não vemos os praxistas.

O problema das praxes, sinistras ou simplesmente humilhantes, só se resolve quando olharmos para os praxistas (um extraordinário documentário recente, de Bruno Moraes Cabral, fá-lo pela primeira vez). A cara dos que inventam ignomínias como esta. Os que acham que estas praxes inofensivas não ofendem. Os que acham que é divertido gozar com os mortos, insultar as suas famílias e exibir a boçalidade da brincadeira. Mostrar quem são os praxistas é a condição para que a sociedade saiba do que falamos quando falamos da tragédia do Meco ou da brincadeira de Leiria.

http://blogues.publico.pt/tudomenoseconomia/2014/10/07/foram-mesmo-so-oito-os-que-trocaram-das-vitimas-do-meco/

Expiar as Praxes com Colher de Pau

30.07.14

A forma fácil de expiar é acusar?

Nunca subscrevemos a tese de que um acusado salva a honra. O que sempre vimos, como regra com raras excepções, é que a culpa morre solteira.

Sempre aqui dissemos, ao lamentar as muitas mortes que em todas, nestas e nas anteriores, para além dos autores materiais estavam e continuam impunes os autores morais, os que por conivência e omissão permitem que estes actos se tenham institucionalizado nas suas instituições.

Mas, voltando ao expiar e não professando, dizemos apenas com amarga ironia: perdoem-lhes que não sabem o mal que fazem. A uns e a outros.

 

Mortes no Meco: Ministério Público arquiva caso.

O facto de João Gouveia não ter levado consigo, no fatídico passeio até à praia, a colher de pau – “a mais nobre e simbólica insígnia da praxe”, segundo o código ritual  – mostra, segundo o despacho de arquivamento, que terá abdicado, nesse momento e daí em diante, do seu ascendente hierárquico.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/nao-houve-um-dux-paranoico-a-conduzir-jovens-do-meco-a-morte-1664802

Conforme combinado, arquivado!

25.07.14

Desde a primeira hora que foi ventilada para a imprensa esta possibilidade, qual balão sonda, para testar as reacções da inerte opinião pública.

Ver arquivo: 04.04.2014; 15.05.2014;

 

E recuperando o escrito pelo repórter do ElPaís a 15.Fev., palavras premonitórias:

"Hace dos semanas, tanto los políticos como la prensa lusa martilleaban sobre la conveniencia o no de prohibir estas prácticas. Ahora da la impresión de que todo el mundo asume que todo vaya a seguir igual".

 

Ministério Público conclui que não houve crime no Meco.
Despacho de arquivamento é divulgado nos próximos dias.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4045945#AreaComentarios

 

Inquérito à tragédia do Meco dá razão à tese de acidente
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/inquerito-a-tragedia-do-meco-da-razao-a-tese-de-acidente-1664179

Grande Fi(n)ta: e a mim ninguém me praxa?

11.06.14

A Srª Reitora da Universidade de Évora, imagino que também directores e outros professores, fazem as honras da festa e pagam a conta?

Mas quem manda: o Conselho de Notáveis (http://www.cn.uevora.pt/pt/node/5), que se rege pela C.E.G.A.R.R.E.G.A. - Código Estudantil de Graus Académicos Regulamentos e Regras de Exegese e Gírias Académicas, da Universidade de Évora.

 

Vem isto a propósito de notícia, absurda ou hilariante?, de alguém que queria ser praxada!... e não o foi.

 

“Falta” à praxe impede finalista da Universidade de Évora de queimar as fitas
Maria Antónia Zacarias, 10/06/2014 - 12:09

Maria Rita Lavado Moreno é finalista da licenciatura de Sociologia, na Universidade de Évora, e não pôde queimar as fitas porque não foi praxada.

“Eu sou trabalhadora-estudante, chego à universidade já passa das 17h e nunca ninguém se chegou ao pé de mim para me praxar, até porque se o tivesse feito, eu não me teria negado, porque nunca me declarei anti-praxe”.

A finalista recorreu à reitoria mas vice-reitora explicou “não poder fazer nada, uma vez que a cerimónia da queima das fitas é da exclusiva responsabilidade do Conselho de Notáveis”. A reitora da Universidade de Évora afirmou que sensibilizou o Conselho de Notáveis para que, no próximo ano lectivo, “haja uma melhor explicação aos alunos sobre todo o percurso académico que culmina com a cerimónia da queima das fitas”. Ana Costa Freitas disse ainda não ter tido conhecimento oficial da situação de Rita Moreno.

http://www.publico.pt/local/noticia/falta-a-praxe-impede-finalista-da-universidade-de-evora-de-queimar-as-fitas-1639279

Em tempo de Queima: A Praxe

04.05.14

O jornal Público elaborou um dossier bastante completo sobre o tema Praxe com excelentes testemunhos, alguns.

Outros divertidos e há também os ridículos.

 http://www.publico.pt/multimedia/a-experiencia-da-praxe

 

Caricatura da vida adulta
Fica-se de quatro. "Enche-se bastante." Não se olha de frente. Superam-se provas. Há quem considere que são rituais de iniciação. E quem fale de atentados à dignidade. "A praxe ensina-nos que na vida há uma hierarquia natural e que nós vamos ter de aceitá-la", diz uma aluna. "Vejo isto como uma caricatura da vida adulta", defende um historiador.
 

Carlos Amaral Dias:
"É a pior forma de despotismo: ‘Eu não te faço mal, mas, se quisesse, fazia’."

Alberto Martins
"A violação dos direitos humanos é inaceitável"

Jorge Ramos do Ó
"É como se estivéssemos numa espécie de loucura consentida, a aprender o que há de pior para ser um cidadão"

Praxes no "New York Times"

19.03.14

Tragédia do Meco e praxes nas páginas do “New York Times”
A tragédia do Meco e o debate público sobre a praxe chamaram a atenção do "New York Times". Jornal analisa ainda a qualidade do ensino superior privado

http://p3.publico.pt/actualidade/educacao/11331/tragedia-do-meco-e-praxes-nas-paginas-do-new-york-times
Depois de ter relançado o debate sobre a praxe por cá, a tragédia do Meco, em que seis estudantes da Universidade Lusófona perderam a vida em circunstâncias ainda por esclarecer, chegou às páginas do "New York Times (NYT)".

Andar a passo... de caracol

01.03.14

Parlamento debateu "passos tímidos” para acabar com excessos na praxe
Andreia Sanches, 28/02/2014 - 14:18
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/passos-timidos-para-acabar-com-excessos-na-praxe-1626580
Governo aconselhado a ponderar uma campanha pela “tolerância zero à praxe violenta e abusiva”. Mas até entre deputados do mesmo partido há diferentes sensibilidades em relação ao tema. Telmo Correia defende “tradição”, mas diz que propostas em debate são “passos tímidos”.

Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda (BE), que defendeu que “as praxes transportam uma cultura de abuso e violência”. Seguiu-se Duarte Marques, do PSD, que disse que não se pode ignorar “que há uma praxe que não é violenta nem humilhante”.
Pedro Delgado, do PS, declarou que há um problema de “violência e intimidação” associado à praxe, em várias instituições de ensino, acrescentando, de seguida, que as pessoas “têm o direito a agir de forma estúpida, se quiserem”.
Telmo Correia, do CDS-PP, afirmou que os diplomas que estavam a ser alvo de debate, sendo “passos no sentido certo”, constituíam “passos tímidos”. O deputado lembrou que a primeira vez que se proibiu a praxe foi “em 1342, em Paris”, com argumentos que hoje alimentam muito do debate em torno dos rituais de recepção aos alunos a coragem de garantir que ninguém participa, “independentemente da sua vontade”, em alguma prática “humilhante, degradante e sexista”.
Heloísa Apolónia, dos Verdes, que pretendia que fosse feito um estudo sobre o que é a praxe no país.
Ana Rato, do PCP, advogou a criação de gabinetes de integração escolar

Telmo Correia, do CDS-PP, “Nós respeitamos a tradição académica.” O que “não é aceitável” é qualquer prática “humilhante”, insistiu.

“Uma coisa são as tradições académicas, outra é a praxe”, respondeu Luís Fazenda remetendo para os “códigos de praxe” existentes em várias instituições de ensino, marcados pela hierarquia de alunos. Há “práticas boçais e autoritárias”, acusou.

“O BE está a ignorar a praxe boa que existe no país”, aquela que é "integradora", rematou Duarte Marques.

O Bloco defendia ainda que as instituições de ensino fossem obrigadas a realizar actividades de recepção aos novos alunos e, por fim, sustentava que estas não deviam reconhecer esse “papel a estruturas das praxes” nas suas cerimónias. “Durante vários anos as instituições de ensino superior, públicas e privadas, contribuíram para a banalização das praxes, incluindo-as nas cerimónias oficiais, dando relevo às chamadas ‘comissões de praxe’ ou ‘conselhos de veteranos’ e referindo-as na sua propaganda destinada aos alunos”, sustenta o BE.

Todos os pontos do projecto foram chumbados.

Parlamento aprova proposta para campanha contra «praxe violenta»
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=688087
O Parlamento aprovou hoje uma resolução da maioria PSD/CDS-PP que propõe uma campanha contra a «praxe violenta», e chumbou uma iniciativa do BE para criar uma rede nacional de apoio a estudantes vítimas de práticas abusivas.
A resolução do PSD/CDS-PP, aprovada por unanimidade, propõe a realização de uma "campanha institucional de sensibilização pela tolerância zero à praxe violenta e abusiva".
A iniciativa do BE foi rejeitada pela maioria, apesar de alguns pontos recolherem o voto favorável de quatro deputados do CDS-PP: Teresa Caeiro, Filipe Lobo d`Ávila, João Rebelo e Telmo Correia.

À justiça o que é justo

01.03.14

Colégio Militar: Três ex-alunos condenados com pena de multa
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3712832
Três ex-alunos do Colégio Militar foram condenados a penas de multa, por ofensas à integridade física, na sequência da leitura do acórdão. Arguidos condenados a pagar 1050, 600 e 300 euros de multa.

Tribunal condena três ex-alunos do Colégio Militar por ofensas à integridade física
Ana Henriques, 28/02/2014 - 12:10
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/tribunal-condena-tres-exalunos-do-colegio-militar-por-ofensas-a-integridade-fisica-1626558
O Ministério Publico havia pedido, nas alegações finais, a absolvição de cinco dos oito ex-alunos do Colégio Militar acusados de terem agredido com violência colegas mais novos, tendo deixado cair a acusação de maus tratos.

Três ex-alunos do Colégio Militar condenados a multas por ofensas à integridade física
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=688045
O tribunal condenou hoje três dos oito ex-alunos do Colégio Militar ao pagamento de multas por ofensas à integridade física cometidas contra outros três estudantes, no ano letivo de 2006/07 e no início de 2008.

Começa mal, acabará bem?

18.02.14
Juiz rejeita constituir familiares dos que morreram no Meco como assistentes
Por Mariana Oliveira
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/juiz-rejeita-por-motivos-formais-constituicao-de-assistentes-de-familiares-dos-jovens-que-morreram-no-meco-1624238
Falta de certidões de óbito, que comprovam a legitimidade das famílias, e não pagamento de uma taxa de justiça suplementar explicam a recusa.